Introdução: O envelhecimento está associado a inúmeras doenças crônicas não transmissíveis, o Diabetes Mellitus (DM) e a Hipertensão Arterial (HA), caracterizadas por disfunções na secreção e absorção de insulina e aumento dos níveis pressóricos para além dos limites de normalidade, respectivamente, são as mais comuns, afetando significativamente na Qualidade de Vida (QV) da população idosa. Sendo esta, definida pela percepção de cada indivíduo sobre sua vida e contexto sociocultural em que se encontra e por isso, considerado um conceito relativo. Objetivos: Identificar a influência da HA e do DM na QV dos idosos e verificar quais os cuidados de enfermagem implementados a essa clientela. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura. Os dados foram coletados no período de fevereiro a abril de 2013, empregando-se como instrumentos de busca as bases eletrônicas de dados SCIELO e LILACS, selecionando as publicações dos últimos cinco anos, disponibilizadas na íntegra online. Utilizando-se como descritores: Qualidade de vida, hipertensão, diabetes e enfermagem geriátrica. Resultados: A busca resultou em 108 artigos, dos quais apenas 10 se adequaram aos critérios de inclusão estabelecidos. A partir da análise, verificou-se que os estudos apresentam uma uniformidade das informações sobre a temática, evidenciando que a QV de indivíduos acometidos por HA e DM, encontra-se comprometida na maioria dos casos, principalmente pelas complicações decorrentes de tais patologias. Esse comprometimento dá-se tanto no âmbito físico quanto no social e emocional, afetando sua vida de forma geral. Os idosos geralmente apresentam dificuldade na adesão ao tratamento, muitas vezes causada pela não compreensão da doença, decorrente da baixa escolaridade. A baixa renda é vista como outro fator agravante, tendo em vista que o controle da HA e do DM exige uma alimentação adequada, na maioria das vezes, mais cara que a habitual. O controle dessas comorbidades está diretamente relacionado à prática de exercícios físicos e controle de peso, que podem causar incômodo à maioria dos idosos. Sendo de fundamental importância a atuação do enfermeiro, incentivando a prática de atividade física, buscando estratégias de entendimento e enfrentamento da doença e de hábitos saudáveis. O tratamento farmacológico também implica na qualidade de vida dos idosos, pois os estudos demonstram que as informações presentes nas bulas dos medicamentos não são suficientes para seu uso seguro. Logo, o enfermeiro deve realizar ações educativas em saúde para sensibilizar esse grupo da importância do tratamento, inclusive, das complicações decorrentes do uso errôneo das medicações e pelo não tratamento adequado da doença. Assim como, promover ações preventivas aos agravos, melhorando a QV desse público. Conclusão: Através do estudo, nota-se que o DM e a HA influenciam negativamente na qualidade de vida dos idosos, gerando complicações sociais, emocionais e físicas. Observou-se também que as ações desenvolvidas pela enfermagem ajudam no enfrentamento dessas doenças, melhorando a QV dos idosos. Ressaltando que o incentivo a hábitos saudáveis e o uso correto da medicação resultam em grandes benefícios, sendo, portanto necessária a criação de políticas que incentivem essas práticas e orientem o uso correto de medicamentos visando a melhoria de vida dos idosos.