INTRODUÇÃOCompreende-se polifarmácia quando há o uso desnecessário de um medicamento ou a presença de cinco ou mais fármacos em associação. Idosos na faixa de 65 a 69 anos consomem, em média 13,6 medicamentos prescritos por ano, já aqueles entre 80 a 84 anos podem alcançar até 18,2 medicamentos/ano. A utilização da polifarmácia apresenta relação com o aumento da incidência de doenças como a hipertensão arterial e a fibrilação atrial.OBJETIVOA pesquisa teve como objetivo avaliar a presença da polifarmácia no cotidiano dos idosos que freqüentam o centro de convivência de Campina Grande, Paraíba, com o intuito de compreender os principais medicamentos por eles utilizados e o impacto gerado na qualidade de vida dos mesmos.METODOLOGIANa pesquisa, foi utilizado o questinário BOAS (Brazilian Old Age Schedule), que é uma ferramenta multidimensional, contando com 75 questões que abrangem diversas áreas da vida do idoso, aplicado a 30 idosos sem distinção de gênero, etnia ou nível sócioeconômico. Foram avaliados os resultados obtidos com as questões referentes à utilização de serviços médicos e que abordavam os tipos de medicamentos que os idosos estavam fazendo uso.RESULTADOSCom base nos dados, pudemos destacar a utilização de antihipertensivos, hipoglicemiantes, analgésicos, Sinvastatina, Dizepam, Haldol e ácido acetilsalissílico, dentre outros. As associações mais comuns se destacam para o uso de antihipertensivos concomitantemente a hipoglicemiantes, analgésicos e calmantes. A utilização de antialérgicos, como o Fenergan, são relatados em casos mais específicos e de uso pouco freqüente. Fluoxetina, Vasogard e Puran T4 também tiveram seu uso relatado. CONCLUSÃOPudemos concluir que a maioria dos entrevistados faz uso de cinco ou mais fármacos devido a problemas como hipertensão, diabetes, ansiedade, dores e má circulação. Devido à quantidade de medicamentos, é comum que o tratamento não seja feito dentro da posologia adequada por esquecimento ou falta de controle. É necessário uma anamnese adequada, com acompanhamento bastante rigoroso para tentar diminuir tanto o número de medicamentos administrados quanto os efeitos colaterais causados pelo excesso de fármacos.