Introdução: Os benefícios da vacinação contra influenza entre idosos têm sido comprovados em diversos estudos. Ela tem se mostrado efetiva na redução do número de internações por gripe e pneumonia e diminuição da mortalidade por quadros respiratórios e outras causas, mas a adesão a esta prática preventiva ainda tem se mostrado insatisfatória. No Brasil, apesar da distribuição gratuita da vacina pelo Ministério da Saúde há mais de dez anos, a vacinação não tem atingido a cobertura esperada de 80% em vários municípios. A identificação dos motivos da não-adesão à vacinação têm sido importante a fim de nortear ações para reverter o quadro, aumentando as coberturas vacinais. Objetivos: Identificar segundo a literatura os motivos da não- adesão a vacina da influenza em idosos. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura utilizando-se artigos científicos indexados na base de dados Scielo. As buscas foram realizadas no período de março a abril de 2013. Resultados: A vacina é atualmente a medida mais efetiva na prevenção da gripe e de suas conseqüências. Apesar disso, ainda há baixa adesão a vacinação por parte de muitos idosos. Os principais motivos alegados para a não-adesão a vacina contra a influenza em idosos apontados na literatura são a preocupação com os eventos adversos à vacina, como dor no local e sintomas gripais, falta de credibilidade na mesma e crença de que ela não seja necessária. Outros motivos encontrados incluem a falta de orientação e motivação, dificuldade de acesso, esquecimento, medo da injeção, por achar que a vacina é prejudicial, desinteresse, falta de informação/divulgação, desconfiança e boatos negativos sobre a vacina e presença de doenças alérgicas. A preocupação com o evento adverso foi o fator mais apontado como contribuinte para baixa cobertura vacinal, apesar de já ter sido comprovada que a vacinação é pouco reatogênica. Estudos ainda apontam que a recomendação médica está associada a adesão à vacinação. Conclusão: O medo de eventos adversos tem sido o principal fator para as baixas coberturas vacinais. Assim, estudos sobre a percepção e ocorrências dos sintomas após vacinação podem esclarecer os motivos da não-adesão à vacina e colaborar para ações educativas mais específicas. Tais ações devem visar orientações sobre os benefícios da vacina e esclarecimento dos sintomas pós-vacinação e podem ser desenvolvidas por toda equipe de saúde, incluindo médicos, enfermeiros e agentes de saúde, a fim de motivar os idosos e assim contribuir para que uma maior parcela dessa população possa se beneficiar dessa ação preventiva e promotora da qualidade de vida e ampliar a cobertura vacinal.