O envelhecimento populacional é um processo natural e dinâmico, decorrente ao declínio da fecundidade combinado com o aumento da longevidade. Estudos comprovam que até o ano de 2020 o Brasil será o 6º país com o maior número de idosos devido ao aumento da qualidade de vida, acesso às condições de saneamento básico, dentre outros fatores. Com o aumento da perspectiva de vida, há também a diminuição progressiva do equilíbrio corporal e o aparecimento das doenças crônico-degenerativas, acarretando na dependência funcional e das atividades de vida diária (AVD), podendo levar à hospitalização, incapacidades ou até mesmo à mortalidade. Os idosos utilizam os serviços hospitalares de maneira mais intensiva que os demais grupos etários, acarretando em maiores custos, tratamento de duração mais prolongada e de recuperação mais lenta e complicada, causando também um grande risco para esta população. A Terapia Ocupacional é a profissão da saúde habilitada para melhorar a autonomia e independência das funções e/ ou atividades cotidianas, possibilitando uma melhor qualidade de vida. Esse estudo relata a experiência da Terapia Ocupacional inserida na equipe da Residência Multiprofissional em Saúde Hospitalar, na ênfase de Atenção à Saúde do Idoso no Hospital Universitário de um município da Paraíba, no período de fevereiro a abril de 2013. A UTI Geral é dividida em duas alas, A e B, ficando a Ênfase da Saúde do Idoso na ala A. A ala é composta por seis leitos, com média de quatro idosos atendidos por dia. As atividades são desenvolvidas no turno da manhã, sendo a equipe formada por Terapeuta Ocupacional, Fisioterapeuta, Enfermeira, Fonoaudiólogo, Psicóloga, Nutricionista e Assistente Social, que se reúnem para avaliar e discutir os prontuários dos pacientes, seguido de visita conjunta aos leitos e discussão dos casos. Feito isso, dependendo dos casos de cada paciente, é realizada a assistência, seja ela multiprofissional ou individual. No geral, as atividades da Terapia Ocupacional na UTI compreendem a avaliação do paciente, troca e mudança de decúbito, alongamentos, estimulação sensorial e cognitiva, atividades significativas, treino de atividade de vida diária (AVD), uso da Tecnologia Assistiva para confecção de adaptação para utensílios e posicionamento, cuidados paliativos, organização da rotina e do seu cotidiano, preparação para alta hospitalar, diminuição do sofrimento psicossocial e as consequências negativas devido à hospitalização e orientação familiar. Nesse período foram encontradas algumas dificuldades devido à restrição do livre acesso de profissionais a alguns pacientes com bactérias multirresistentes, minimizando, assim, os riscos de infecção hospitalar; como também a falta de material disponibilizado pelo hospital, o que dificultou ou restringiu algumas atividades a serem realizadas pelos pacientes. Ao final da experiência, foi observada a importância do Terapeuta Ocupacional enquanto integrante participativo na equipe multiprofissional, contribuindo na melhora da qualidade de vida e bem estar do ser idoso, assim como na sua independência e autonomia em suas atividades.