Artigo Anais III CIEH

ANAIS de Evento

ISSN: 2318-0854

O PAPEL DO IDOSO NA TRANSMISSÃO DO SABER, QUE NÃO QUER MAIS SER OUVIDO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Palavra-chaves: DEPRESSÃO, IDOSO, PLANTAS MEDICINAIS Relato de Experiência(RE) Aspectos Cognitivos Comportamentais e Sócio-Culturais do Envelhecimento
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Publicado em 15 de junho de 2013

Resumo

Introdução: No Brasil, a prevalência de depressão entre pessoas idosas é relativamente alta. Sabendo-se que as plantas medicinais são constituintes de uma modalidade de terapia alternativa diante das necessidades de saúde e tendo seu crescente uso pela população idosa de diversos países. Destaca-se que, torna-se importante um resgate subjetivo por parte de quem produz e posteriormente vende medicamentos oriundos das plantas medicinais. Objetivo: Refletir através de um relato de experiência de uma idosa que vende plantas medicinais, o porquê de se usar estas para cura de diversas doenças, inclusive a depressão. Metodologia: Trata-se de um Relato de Experiência de cunho descritivo e com abordagem qualitativa. Oriundo da busca, por uma das pessoas denominadas referência na venda de fitoterápicos e/ou plantas medicinais na Feira Central de Campina Grande-PB. Para a coleta de dados utilizou-se da entrevista semi-estruturada e a observação espontânea, que é aquela onde observa-se fatos sem que haja aproximação do observador com o fenômeno estudado. Resultados e Discussões: Moradora do bairro do Pedregal da cidade de Campina Grande – PB, com 72 anos e possuindo 58 anos de venda de plantas medicinais, I.C é uma referência da Feira Central de Campina Grande-PB, quando relacionamos a produção e venda de plantas medicinais. Possuindo o manejo com as plantas medicinais desde cedo, com sua sogra, I. C. atribui a sua entrada ao mundo das plantas medicinais, a partir da falta de opções que a época lhe colocavam em relação às despesas familiares. Diz, não haver interesse por parte de sua família em continuar com a troca de ensinamentos, até então comum na família de seu esposo, demonstrando uma ruptura na troca de saberes, que, antes dava-se de geração a geração. Vale ressaltar, que quando questionada a respeito do porquê do uso de fitoterápicos e/ou plantas medicinais, I.C. demonstrou uma aversão ao tratamento alopático, afirmando que este apenas cura de forma imediata, deixando sequelas da doença e dependendo do tratamento criando um vício, que segundo ela, apenas prejudica a saúde e não dá uma cura real para o problema. Afirma, já ter tido depressão e atribuí a cura desta, ao uso de plantas sedativas, como: erva cidreira e camomila, que ajudam a reduzir as tensões nervosas e a elevar o estado de espirito. Conclusão: Demonstra-se a necessidade de uma atenção e valorização do saber popular, visando que rupturas da transmissão de saberes, não permitam que este se perca com a modernização. É importante também, que haja uma conscientização de forma homogênea da população, com ênfase a população idosa, a respeito do uso de alopáticos, demostrando que o uso correto destes não deixaram sequelas nem vícios, apenas curaram sintomas que prejudicam a vida das pessoas.

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