A utilização de plantas medicinais no tratamento de enfermidades é uma prática comum desde a antiguidade. O homem tem buscado a cura de suas doenças na natureza, utilizando as plantas e muitas delas têm sido estudadas com o intuito de descobrir novas substâncias capazes de agir eficazmente no organismo e serem a fonte de tratamento para diversas doenças, muitas destas promovendo a resposta desejada. Dentre os diversos problemas de saúde existentes nos dias atuais, o diabetes mellitus uma doença metabólica que eleva a quantidade de glicose no organismo, tem sido motivo de preocupação por parte dos profissionais de saúde, devido ao aumento de casos e aos danos que essa enfermidade pode acometer. Com base no exposto, este estudo teve como objetivo investigar o potencial hipoglicemiante das plantas referendadas e comercializadas pelos raizeiros na cidade de Campina Grande-PB, correlacionando com o conhecimento científico através das atividades dos princípios ativos das referidas plantas. Foram entrevistados 25 raizeiros, sendo citadas 29 plantas, pertencentes a 19 famílias, destacando-se a Leguminosae (31,58%); dentre as plantas, a mais mencionada foi mororó (26%); com relação aos órgãos vegetais, o mais referendado nas preparações foi a casca (58,62 %) e a forma preferencial de preparo do medicamento foi a infusão (44,82 %). Constatou-se que as 12 plantas mais referendadas e comercializadas pelos raizeiros possuem compostos bioativos com ação hipoglicemiante capaz de agir no organismo, o que permitiu concluir que a indicação terapêutica das plantas é cientificamente pertinente, com base nos princípios ativos, desde que observadas atentamente as instruções farmacêuticas.