OLIVEIRA, Edjaclécio Da Silva. O cérebro idoso: declínio cognitivo na senescência. Anais III CIEH... Campina Grande: Realize Editora, 2013. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/2389>. Acesso em: 23/11/2024 01:36
INTRODUÇÃO: O processo de envelhecimento pode ser acompanhado pelo comprometimento das capacidades tanto físicas, como cognitivas dos idosos, de acordo com suas características de vida. Atualmente o declínio cognitivo persiste como um consenso mal definido e pouco conceituado, refletindo uma diminuição no desempenho de pelo menos uma das seguintes habilidades mentais: memória, orientação, pensamento abstrato, linguagem, julgamento e raciocínio, capacidade de calcular e capacidade construtiva, capacidade de aprendizagem. A fronteira entre o funcionamento normal e comprometimento cognitivo, ainda não é bem definido. Ainda assim, o estágio entre demência e funcionamento cognitivo normal é caracterizado como comprometimento cognitivo leve. Pessoas com esse transtorno revelam problemas na memória, ou outros domínios cognitivos, para além do esperado para o envelhecimento normal. Nesse sentido, alguns autores argumentam que a perda das habilidades cognitivas é parte do envelhecimento, enquanto outros acreditam que, na ausência de doença, tais habilidades não devem ser afetadas pela idade. OBJETIVO: Analisar o comprometimento cognitivo no envelhecimento saudável. METODOLOGIA: O presente estudo adotou como abordagem metodológica a pesquisa bibliográfica. Na qual buscou-se através de uma análise documental conhecer, analisar e compreender as principais contribuições teóricas existentes acerca do tema abordado. Como base de dados, foi utilizado o acervo bibliográfico disponível no: Scielo, MEDLINE e LILACS, foram obtidos artigos nos idiomas inglês, português e espanhol, sendo utilizados 12 estudos. Após a seleção dos dados, o material foi analisado criticamente e os resultados descritos textualmente. RESULTADOS: Os estudos avaliados foram enfáticos ao afirmar que a maior parte da população idosa saudável não apresenta declínio cognitivo, ou seja, apresenta trajetória evolutiva estável e benigna. Embora a idade seja uma variável geralmente associada a queixas de memória e a de pior desempenho nos testes cognitivos, observou-se que a atuação de outros fatores como: condições de saúde física, contato com familiares, envolvimento com amigos, igreja, atividades físicas, entre outros, exerçam maior influência, no comprometimento, do que a idade propriamente dita. Assim, é possível levantar a hipótese de que características sócio-demográficas podem atuar como fatores de proteção ao declínio cognitivo. Outro aspecto que também parece contribuir como mais um fator de proteção do declínio cognitivo é a escolaridade. Os estudos analisados apontam que os idosos que tinham mais anos de escolaridade conservaram um melhor resultado em muitas das funções cognitivas examinadas. Pesquisadores afirmam que a instrução pode aumentar a atividade sináptica no córtex e, portanto, atrasar a diminuição cognitiva e demência por vários anos. CONCLUSÃO: Dessa forma, através desta revisão, percebe-se que pessoas idosas saudáveis, não necessariamente apresentam declínio cognitivo, podendo manter-se com desempenho estável, desde que possuam boa interação social, e saúde física, ou, a menos que desenvolvam uma doença demencial, quando, então, um declínio agudo do desempenho é observado. Percebe-se então, a necessidade de ações voltadas à saúde do idoso, que possam permitir um envelhecimento saudável em todos os aspectos.