A hipertensão arterial sistêmica é caracterizada pela presença de níveis elevados de pressão arterial, associada a alterações metabólicas e hormonais. O excesso de peso é fator de risco para doenças cardiovasculares uma das principais causas de morte nos idosos e que geram um alto custo econômico e social. Além disso, a dieta moderna com excesso de sal e carboidratos e o sedentarismo contribuem para esse panorama de excesso de peso. O Programa de Saúde da Família, uma iniciativa do Ministério da Saúde, utiliza-se da atenção primária em saúde para promover ao controle e prevenção da hipertensão arterial e do excesso de peso. O objetivo do estudo foi avaliar os dados antropométricos e o controle da pressão arterial em idosos hipertensos, durante três anos consecutivos, assistidos de uma Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) no município de Campina Grande-PB. O estudo constitui-se num coorte retrospectivo sobre o controle pressórico e da obesidade realizado em idosos hipertensos cadastrados em uma UBSF da cidade de Campina Grande-PB. Os critérios de inclusão são: acompanhamento regular por três anos, diagnóstico de hipertensão arterial primária e ter idade mínima de 60 anos no início da pesquisa. Os parâmetros foram coletados diretamente do prontuário médico e da enfermagem no período de fevereiro de 2007 a dezembro de 2009. Para a análise dos resultados, usou-se o teste de Student para a comparação de duas médias quantitativas e o teste de qui-quadrado para a análise de dados categóricos. Fixou-se em 5% (p<0,05) o nível de rejeição da hipótese de nulidade. A amostra da população estudada foi de 65 pacientes, sendo 15 (23,07%) homens e 50 (76,93%) mulheres, com média de idade de 69,78 (+/- 7,27) anos, IMC revelando sobrepeso com média de 27,91(+/- 4,91,) kg/m2 em 2007 e 27,59 (+/- 4,60)kg/m2 em 2009. A PA com média de 146,37 (+/- 20,04) x 88,07 (+/- 11,76) mmHg em 2007 e de 133, 69 (+/-p= 0,000409788 para PA sistólica e p=0,0000243x10-5 para PA diastólica) , porém o IMC não obteve alteração significativa (p=0,35). Conclui-se que o processo de organização de assistência ao idoso hipertenso, mesmo com as limitações atuais da UBSF é passível de acarretar melhoras significativas no controle da HAS, porém essa mesma eficácia não é possível de ser evidenciada na redução do sobrepeso/obesidade, apontando para a real necessidade de fortalecimento das ações, de prevenção e promoção de saúde, conjuntas entre os membros das UBSF para mudanças nos hábitos de vida da população.