Este texto é uma tentativa de reflexão, a respeito do processo de aceitação pelo qual passam muitos jovens e/ou adolescentes perante os grupos aos quais fazem parte, quando se percebem diferentes dos considerados normais, assumindo sua responsabilidade como atores sociais, que em relação ao seus relacionamentos amorosos e afetivos divergiam do padrão imposto pela sociedade tradicionalista. O conflito de identidade sexual se dá pela falta de atração pelo sexo oposto, ou em determinados casos, por falta de reconhecimento de si e do seu corpo, promovendo um conflito pessoal em relação ao gênero, sexualidade e sociedade. Esta pesquisa objetiva refletir sobre as percepções e aceitações sociais em relação as questões de gênero no ambiente escolar por estudantes adolescentes e jovens e promover entre esses indivíduos um confronto mental e cognitivo das perspectivas éticas e morais que delimitam a visão, os conceitos gerais e os conflitos de gênero. Fundamenta-se a relevância deste trabalho porque cresce a cada ano o número de jovens e adolescentes que adquirem uma depressão ou cometem suicídio por não entender ou não aceitar sua condição sexual, muitas vezes diminuindo as possibilidades de crescimento pessoal, individual, cognitivo, educacional e profissional. Reduzindo sua capacidade de expansão como cidadão. Esta pesquisa tem um caráter bibliográfico, qualitativo e exploratório, pois a partir de literaturas estabelecidas e teóricos remanescentes, pode-se construir um panorama da realidade literária das questões de gênero. Não obstante, também foi necessária para consolidação desta pesquisa a observação e relato da vivência e experiência adquirida nos ambientes escolares dos autores deste texto, construído sobre um olhar criterioso e crítico. Com o debate promovido pelo Projeto de Lei da Câmara, a PLC-122, também conhecida como a Lei Anti-Homofobia, que criminaliza qualquer ato de homofobia, proposta pela então deputada Iara Bernardi, na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal, trouxe uma ponta de esperança na tolerância dos temas que abordam as questões de gênero. Portanto, a partir desta reflexão se faz necessário em ambiente escolar debater, informar, comunicar, conhecer e respeitar os direitos humanos que assistem os homossexuais. Garantindo o livre arbítrio e o direito constitucional de ir e vir, que todos possuem. Refletindo essa temática em sala de aula, nas escolas, promovendo mesas redondas, palestras ou atividades que incentivem a tolerância e o respeito em nossas escolas. Conscientizar sobre a diferença entre discriminação e preconceito. O preconceito é um juízo mental arbitrário de cunho totalmente negativo, já a discriminação é o tratamento direto e diferenciado a uma determinada pessoa ou grupo por motivos segregados ou preconceituosos. Partindo deste pressuposto, a PLC 122 trará para a juventude no ambiente escolar e em sociedade, um aporte que garantirá segurança, lembrando que todavia, ofender qualquer um por razões preconceituosas implica discriminação contra a pessoa ofendida.