Introdução: O Acidente Vascular Cerebral é conhecido como uma doença silenciososa que se destaca como a primeira causa de invalidez e morte. Surge entre as principais causas de incapacidade e deturpação funcional e a mensuração da independência/dependência funcional, permite o acompanhamento da evolução do indivíduo no seu processo de reabilitação. Objetivo: Verificar a correlação entre os escores da Medida de Independência Funcional e o índice de Barthel em indivíduos com hemiparesia crônica. Metodologia: Estudo transversal, analítico, com caráter quantitativo. Participaram do estudo 14 indivíduos, de ambos os sexos, idade igual ou superior a 18 anos, diagnóstico de AVC em fase crônica (&#8805; 6 meses), assistidos pelo Grupo de Assistência Interdisciplinar ao Paciente Hemiparético (GAIPH) na Clínica Escola de Fisioterapia da UEPB. Utilizou-se os seguintes instrumentos: Formulário de Pesquisa como forma de traçar o perfil sociodemográfico e clínico, Escala de Rankin para mensuração do grau de incapacidade, Medida de Independência Funcional (MIF) para avaliação das restrições funcionais e o Índice de Barthel para avaliar o nível de independência. Os dados foram analisados através do Statistical Package for the Social Sciences (SSPS) 20.0 e expressos em porcentagem, média e desvio padrão da média. Para análise da correlação, foi utilizado o teste de correlação de Spearman, sendo considerados valores significantes p<0,05. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UEPB sob o número 0126.0.133.000-10. Resultados: Verificou-se que os hemiparéticos apresentaram idade média de 55 ± 8,4 anos, onde 57,1% eram do sexo masculino, 28,5% possuiam o ensino superior completo e 64,2% eram casados. Quanto aos dados clínicos, 71,4% tinham AVC tipo isquêmico e 64,2% tinham como dimídio afetado o direito. Segundo a escala de Rankin, 50% dos hemiparéticos foram classificados em grau II, onde indica uma incapacidade leve. De acordo com o coeficiente de relação de Spearman observou-se que existe correlação significativa (rho=0.69; p<0.001) entre a MIF (111,6 ± 13,3) e o índice de Barthel (79,1 ± 19,8). Conclusão: Considerando tais fatos, foi possível concluir que houve correlação positiva moderada entre a MIF e o índice de Barthel nos pacientes com hemiparesia crônica, significando que quanto maior o grau de independência, maior valor esperado do índice de Barthel.