Introdução: O câncer de mama masculino é uma doença rara, mais prevalente em homens com idade entre 60-70 anos, representando cerca de 1% de todos os cânceres de mama. O diagnóstico dessa patologia é incomum em fase assintomática ou na ausência de sinais clínicos, devido tanto a raridade da doença, quanto a falta de suspeita pelos médicos e pacientes. A fisioterapia vem demonstrando ser fundamental no tratamento pós-operatório de mastectomias e tem como objetivos, controlar a dor, prevenir ou tratar linfedema e alterações posturais, promover o relaxamento muscular, manter a amplitude de movimento, melhorar o aspecto e maleabilidade da cicatriz, prevenindo ou tratando as aderências, além de melhorar a qualidade de vida do paciente. Objetivo: Relatar o caso clínico do paciente P.A.C., sexo masculino, 64 anos, acometido pelo carcinoma de mama e o seu tratamento fisioterapêutico realizado no Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Metodologia: O paciente submetido à mastectomia total esquerda com linfadectomia, em 2008, chegou à fisioterapia com queixa de linfedema em membro superior esquerdo, sendo realizados no tratamento drenagem linfática manual, enfaixamento com faixa elástica, exercícios miolinfocinéticos, a fim de melhorar o retorno venoso, exercícios de fortalecimento de MMSS. Além de alongamentos e uso da terapia virtual através do Nintendo Wii para ganhar amplitude de movimento. Resultados: O tratamento fisioterapêutico mostrou-se bastante eficaz, melhorando a amplitude de movimento, a força muscular, reduzindo o edema e promovendo independência funcional do paciente na realização das atividades de vida diária. Conclusão: Por essas razões, faz-se necessário o acompanhamento fisioterapêutico no pós-operatório de mastectomias com o propósito de minimizar as complicações decorrentes desse procedimento e melhorar a qualidade de vida dos pacientes, em especial na população idosa que, em geral, possui uma maior fragilidade em termos de saúde.