Introdução: A depressão tem sido apontada como um frequente problema de saúde pública que afeta pelo menos um em cada seis pacientes idosos assistidos na atenção básica. Entretanto, o processo de envelhecimento mascara e dificulta o diagnóstico da depressão, pois geralmente o idoso apresenta como queixa inicial a perda da memória ou falta de concentração, apatia, fadiga ou distúrbios do sono. Ela é usualmente diagnosticada através da escala de depressão geriátrica, que corresponde a um instrumento amplamente utilizado e validado, caracterizado por 15 perguntas negativas/afirmativas a respeito de sintomas depressivos no idoso, cujo resultado de 5 ou mais pontos é indicativo depressão. Objetivo: Este trabalho teve como objetivo identificar a prevalência de depressão em idosos residentes em uma instituição de longa permanência na cidade de João Pessoa – PB. Método: Este é um estudo do tipo transversal, qualitativo onde foram avaliados 10 idosos residentes na instituição Lar da Providência na cidade de João Pessoa de distintos blocos, escolhidos de forma aleatória, onde foi aplicada a escala de depressão geriátrica, criada por Yesavage, no dia 08 de abril, a fim de identificar possíveis sinais e sintomas da depressão. Além deste instrumento, foi aplicado um breve questionário abordando aspectos sócio-demográficos. Para tanto, foi necessário que assinassem um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, obedecendo as Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisas Envolvendo Seres Humanos do Conselho Nacional de Saúde, Resolução 196/96 do Ministério da Saúde. Resultados: Observou-se que dos 10 avaliados houve uma prevalência do sexo feminino com 70% (n=07), com idade entre 60 e 85 anos. Quanto ao grau de escolaridade, a maioria, 50% (n=5) estudou mais de 5 anos. Com relação a incidência de depressão, 70% (n=07) dos idosos institucionalizados apresentam uma pontuação maior do que 10, ou seja, são considerados idosos depressivos. Conclusão: Através deste estudo, foi possível comprovar que o processo de institucionalização de idoso corresponde a um fator que favorece ao desencadeamento de sinais e sintomas sugestivos de depressão. Esta alta prevalência da depressão geriátrica em idosos institucionalizados é conseqüência da ausência da família e da falta de atividades que busquem a integração entre eles. Com esse resultado, é importante que a equipe multidisciplinar busque contribuir de forma a retardar ou até mesmo atenuar o processo de depressão em idosos, estimulando as atividades em grupo e participação dos familiares.