INTRODUÇÃO: Mudanças nos indicadores antropométricos da população brasileira tem sido constantemente alvo de preocupação, principalmente em idosos. Consumo de alimentos hipercalóricos, sedentarismo, perda da densidade óssea, contribuem para o aparecimento da obesidade nessa faixa etária, e se não tratada, torna o idoso suscetível ao aparecimento de doenças do aparelho circulatório. OBJETIVO: Analisar a associação dos indicadores antropométricos com a hipertensão arterial a partir de uma coorte. METODOLOGIA: Estudo longitudinal de coorte desenvolvido em 36 Unidades de Saúde da família no município de João Pessoa- PB, com 291 idosos, hipertensos cadastrados no Hiperdia, que tiveram suas medidas da circunferência abdominal, razão cintura e quadril (RCQ), Índice de Massa Corpórea (IMC) e Pressão Arterial (PA) coletadas no período de 2009, 2010 e 2011. Definiu-se baixo peso valor de IMC inferior a 18,5 kg/m2 ,excesso de peso, entre 25 e 30 kg/ m2 e obesidade pelo IMC> 30kg/ m2. A circunferência da cintura foi analisada, com valores de CC acima de 80 cm em mulheres e homens com valores de CC superiores a 94 cm. Segundo a RCQ utilizaram-se níveis de corte para risco de doenças cardiovasculares, considerando RCQ acima do recomendado, em mulheres, RCQ &#8805; 0,85; em homens, RCQ &#8805; 1,00. Para a associação das variáveis independentes com as outras variáveis, empregou-se o teste do Qui-quadrado (p<0,05) e a razão de chances (OR). RESULTADOS: Observou-se uma associação significativa entre a obesidade dos hipertensos, com circunferência da cintura e razão cintura quadril com p<0,001. CONCLUSÕES: Os resultados sugerem aumento da prevalência da pressão arterial com a idade, e sua associação com os indicadores antropométricos.