Infância, Educação e relações étnico-raciais são áreas com histórico de invisibilidade e silenciamento. Vasconcellos e Sarmento (2007, p. 33) afirmam que: “a busca de um conhecimento que se desgarre das imagens constituídas e historicamente sedimentadas não pode deixar de ser operada senão a partir de um trabalho de desconstrução dos seus fundamentos.” Nesta perspectiva, o artigo discute dez anos de publicações de teses e dissertações produzidas no Brasil e de comunicações orais das Reuniões Anuais da Associação Nacional de Pesquisadores em Educação – ANPED, considerando o período de 2003 a 2013 na interface em discussão. A opção por esse tempo tem na publicação da Lei 10.639/03, que institui a obrigatoriedade do ensino de história e cultura africana e afro brasileira, e na publicação do Parecer CNE/CP nº 03/2004 - Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico Raciais (DCNERER), seu marco legal. Os resultados apontam para a baixa produção na área e a falta de permanência de pesquisadores no tema. Correspondem a dados desenvolvidos por duas pesquisadoras do Núcleo de Estudos da Infância: Pesquisa e extensão – NEI:P&E/UERJ com apoio de bolsistas que atuam no referido núcleo, a primeira autora, na dissertação de mestrado (PEREIRA, 2015), e a segunda nas análises de doutorado (ROSA, 2016).