O livro didático ainda é um dos instrumentos educacionais mais presentes e utilizado no cotidiano de alunos e professores, principalmente, nas escolas públicas, onde o mesmo se configura como o principal, senão, o único suporte de trabalho para muitos docentes subsidiarem suas aulas. Desse modo, a presente comunicação teve como objetivo principal, analisar como as imagens e os conteúdos referentes à temática diversidade cultural estão sendo representadas/abordadas em um livro didático adotado por uma escola do campo localizada em Campina Grande–PB, em uma turma do 2° ano do Ensino Fundamental da disciplina de história. Para tanto buscamos suporte teórico em: Bittencourt (2011), Fernandes; Arroyo (1999), Silva (2011), Moreira; Candau (2007), dentre outros, e ainda em documentos oficiais que versam sobre a temática em estudo, como os Parâmetros Curriculares Nacionais volumes 8 e 10 e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Racial e para o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira e Africana. A partir das análises constatamos que o referido livro apresenta algumas lacunas e estigmas no que diz respeito à inserção da diversidade cultural do povo brasileiro e na concepção de educação do campo, abordando de maneira superficial os conteúdos referentes ao povo negro e ainda associando as crianças do campo em sua maioria à práticas rurais rudimentares. Assim, apontaremos ao longo deste artigo algumas sugestões e revisões que consideremos necessárias para o trabalho com as temáticas da diversidade cultural e educação do campo.