O idoso é integrante de um público que representam uma grande demanda dos serviços da atenção primária a saúde, requerendo atendimento multiprofissional para uma assistência integral e humanizada. A criação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) que posteriormente foi ampliada pela atual Estratégia Saúde da Família (ESF) garante um maior envolvimento dos profissionais de saúde com o público idoso assistido na atenção primária, facilitando uma assistência eficiente e de qualidade. O objetivo desse estudo é ressaltar o papel do ACS na assistência prestada ao idoso incapaz de buscar o atendimento na Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) de sua área de abrangência. Foi realizada uma análise crítica de cunho descritivo e exploratório de um relato de experiência vivenciada no estágio curricular da disciplina Saúde do Idoso, através do acompanhamento da rotina de trabalho de um agente comunitário de saúde (ACS). Durante o estágio supervisionado realizado no bairro das cidades, no município de Campina Grande, ao acompanhar a rotina de serviço prestado pela UBSF local, foi possível observar a importância de cada um dos profissionais que compõe a equipe interdisciplinar na assistência prestada à pessoa idosa. A população local possui condições socioeconômicas insatisfatórias para a obtenção de uma adequada qualidade de vida, além de enfrentar barreiras físicas e ambientais que dificultam o acesso dos idosos à UBSF. Neste cenário, a visita domiciliar tem grande importância no cuidado prestado ao idoso, apresentando-se como um instrumento de promoção do envelhecimento saudável e prevenção de agravos. Tornou-se nítida a importância da busca ativa realizada pelos profissionais que compõe a equipe de saúde, principalmente pelos agentes comunitários de saúde, pois este é o personagem que de fato se insere no convívio da comunidade compreendendo suas carências e, de forma precoce, identifica os problemas e agravos que acometem a comunidade. O ACS é o profissional que mais profundamente conhece todo o mapeamento da área e a população atendida e, portanto, torna-se o integrante crucial para garantir a efetiva realização do atendimento dos indivíduos que não conseguem ter acesso à unidade, quer seja por dificuldade de acesso ou por condições incapacitantes.