SOUSA, Raine Danyele Vieira De et al.. Hiv no idoso: um novo contexto. Anais III CIEH... Campina Grande: Realize Editora, 2013. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/3214>. Acesso em: 22/11/2024 21:57
INTRODUÇÃO: A partir do descobrimento do HIV/AIDS as taxas de indivíduos infectados são expandidas ao redor do mundo. No decorrer dessa pandemia têm-se constatado repetidas mudanças epidemiológicas. A princípio era uma infecção de grupos de risco, como dependentes químicos, homossexuais e profissionais do sexo, entretanto os heterossexuais passaram, paulatinamente, a destacar-se e são hoje os principais responsáveis pelos novos casos de infecção HIV. Nesse viés, a partir do ano de 1996, houve um aumento na taxa de incidência do HIV entre indivíduos com 60 anos ou mais e esse aumento eleva-se como em nenhuma outra faixa etária. Essa mudança no perfil epidemiológico dos infectados pelo HIV, aflora como desafio para o Brasil no sentido de compor políticas públicas e métodos que assegurem o alcance das medidas preventivas e a melhoria da qualidade de vida dessas pessoas. OBJETIVO: Descrever os principais fatores relacionados à transmissão do HIV em idosos, bem com como analisar as principais medidas de prevenções relacionadas a esse agravo. METODOLOGIA: Trata-se de uma Revisão sistemática, realizada no mês de abril de 2013, na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando os descritores: Perfil, Idosos, HIV e Brasil. RESULTADOS: Constatamos que a infecção do idoso pelo HIV é constantemente diagnosticada, somente após vasta averiguação e por eliminação de outras doenças, o que atrasa o diagnóstico e tratamento. Apuramos também que, a vulnerabilidade de idosos ao HIV tem sido relacionada a agentes como sonegação do sexo na velhice associada ao crescente obtenção a medicamentos para disfunções eréteis, baixa adesão de homens idosos aos preservativos masculinos e retardamento de políticas de prevenção direcionadas a este grupo etário. CONCLUSÃO: Os resultados apresentados no decorrer da revisão evidenciam que ainda há muito preconceito no tocante à sexualidade da pessoa idosa e, devido a isso, poucos esclarecimentos sobre prevenção, transmissão e demais questões envolvendo a doença são divulgados. É fundamental que os profissionais de saúde percebam os idosos como sujeitos vulneráveis ao risco de infecção pelo vírus HIV e que suas particularidades sejam contempladas nas ações de prevenção e de assistência no âmbito da atenção integral à saúde do idoso.