ROCHA, Talita Mariz et al.. Desafios e perspectivas da enfermagem gerontogeriátrica. Anais III CIEH... Campina Grande: Realize Editora, 2013. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/3355>. Acesso em: 22/11/2024 22:07
Introdução: No Brasil, nas últimas décadas tem-se observado um aumento na expectativa de vida, ou seja, a população idosa vem tomando proporções cada vez mais significativas na sociedade, devido vários fatores a exemplo da diminuição da taxa de natalidade e de mortalidade ocasionado provavelmente pelas melhores condições sanitárias, sociais, econômicas e culturais. Nesta perspectiva, se faz significativas mudanças na prestação de serviços para melhor atender as necessidades impostas por este grupo. Não obstante, os serviços de saúde consequentemente perpassam por essa modificação para que possam oferecer atendimento e cuidado qualificado, uma vez que a população idosa possui demandas de saúde específicas, exigindo assim, assistência diferenciada adquiridos a partir de conhecimentos específicos na área de geriatria e gerontologia. Objetivo: discutir os principais aspectos da enfermagem gerontogeriátrica no Brasil. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática realizada em bases de dados eletrônicas (scielo, lilacs e Medline), em busca de artigos em português completos relacionados à temática nos últimos dez anos. Utilizando os seguintes descritores: enfermagem em gerontologia, enfermagem geriátrica, idoso. Resultados: Dos 13 artigos completos encontrados, foram utilizados 6 artigos neste estudo. Após leitura e análise dos artigos, observa-se que a gerontogeriátrica é um área emergente e em ascensão no Brasil; Nos últimos anos têm-se observado avanços teórico-metodológicos nesta área, expressos pelo crescimento da produção científica e o número crescente de grupos de estudos; Em 2009 houve criação do departamento científico de enfermagem gerontológica onde se realizam cursos de capacitação, propõe medidas, defende e consolida o trabalho em enfermagem gerontológica; A maioria da produção científica concentrou-se na região sudeste com abordagem qualitativa e preponderância do cenário hospitalar; O ensino de geriatria e gerontologia está mais frequente nas extensões universitárias e pós-graduação. No entanto, percebeu-se que a área gerontogeriátrica em enfermagem no Brasil enfrenta alguns desafios no que tange aos aspectos da política, da pesquisa e do ensino, tais como: não inserção da enfermagem nos espaços de decisões políticas e sociais referente ao idoso; a produção do conhecimento no campo da gerontologia e geriatria ainda é restrita aos profissionais especializados na área; as grades curriculares da graduação em sua maioria, não direcionam uma disciplina voltada para a gerontogeriatria em enfermagem, o que era para ser reconsiderado, considerando o idoso e suas especificidades; ocorre que acaba sendo diluída ou reduzida, geralmente dentro de saúde do adulto. Conclusão: Portanto, é imperioso acompanhar os avanços tecnológicos e o contexto social para se alcançar um cuidado qualificado e uma assistência de qualidade na enfermagem gerontogeriátrica, necessário orientar-se a partir de cuidados específicos, promover ações educativas para a equipe de enfermagem, idoso, família e comunidade com o intuito de promover a saúde, manter a autonomia, independência, minimizar riscos e limitações. Há também a necessidade da criação de espaços deliberativos a exemplo de conselhos, atendendo inclusive à legislação específica.