Este artigo emergiu de uma monografia intitulada Uma análise das famílias de crianças e adolescentes com Necessidades Educacionais Especiais: o estigma do preconceito, apresentada no ano de 2010, na Faculdade de Serviço Social (FASSO), da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). O texto foi (re)escrito com base no método (auto) biográfico e nas discussões da disciplina Tópico Especial em Educação I: Educação Especial na Perspectiva da Educação inclusiva, cursada no Programa de Pós-Graduação em Educação (POSEDUC/UERN). Ancora-se, nos estudos da linha de pesquisa Formação Humana e Desenvolvimento Profissional Docente. Como problema a ser investigado, levantou-se a seguinte questão: como as narrativas (auto) biográficas contribuem para a reflexão das famílias com crianças e adolescentes com Necessidades Educacionais Especiais (NEEs), cuja sistemática é desmistificar o preconceito? O objetivo é reconhecer, por meio das narrativas (auto) biográficas, como essas famílias desmistificam as marcas do preconceito que perpassa as suas vidas, a partir da reflexão sobre a violação dos seus direitos e deveres no cotidiano. É uma pesquisa de abordagem qualitativa, em que se faz uso do método (Auto) biográfico. Como resultados, aponta-se que as narrativas de história de vida de mães de crianças e adolescentes com NEEs do Centro Regional de Educação Especial de Mossoró e Região (CREE-MOS), local da investigação, possibilitam um novo olhar para o papel social da família, no sentido de desmistificar as marcas do preconceito existente na própria família, na escola e na vida social dessas crianças e adolescentes. Os relatos aqui descritos, permitem perceber a importância dos centros de atendimento especializado, com profissionais especializados, para desenvolver, junto com as famílias, o potencial de suas crianças e adolescentes e⁄ou amenizar suas dificuldades, como também para contribuir com a aceitação de suas diferenças e particularidades, de modo a possibilitar a efetivação de seus direitos individuais e sociais.