Correntes pedagógicas presentes na literatura científica tem alertado para o significado da relação professor e aluno em sala de aula e como as posturas pedagógicas adotadas pelo professor influenciam diretamente o processo de aprendizagem. Nesse sentido, uma pesquisa sobre a prática pedagógica utilizada pelos professores que contemple as especificidades dos alunos se justifica pela necessidade de reconhecer o outro como igual enquanto cidadão que goza de direitos e deveres e diferente, enquanto necessidade de estratégias adequadas para apreensão de conhecimentos estabelecidos pelas instituições de ensino. Esse artigo tem como objetivo geral analisar a formação dos professores para receber em suas salas de aula crianças portadora de deficiências, nos aspectos teóricos, práticos e estruturais. Na expectativa de realizar uma pesquisa consolidada em teorias profundamente relevantes as ideias de Aranha (2002), Masseto (2003), Sassaki (2010) subsidiaram as discussões. No entanto, a aplicação de um questionário com professores da rede pública de ensino foi necessário para mensurar as expectativas e apreensões dos que lidam diretamente com a inclusão. O uso de uma pesquisa exploratória e de campo favorece uma análise mais detalhada sobre a política de inclusão social e escolar. Os resultados apontam que a escassez de formação dos professores, e dos demais profissionais da educação, compromete a inclusão e, consequentemente, o processo de ensino e aprendizagem. Um número significativo de escolas dispõe de instrumentos pedagógicos que supostamente colaboram com a inclusão, mas os relatos apontam que sua operacionalização acontece de forma insípida e duvidosa. No entanto, uma parcela dos professores aponta para possíveis mudanças, desde que políticas públicas de inclusão direcionem sua atenção para essa temática.