Introdução: Um dos principais fatores limitantes no idoso é o desequilíbrio corporal. O envelhecimento leva ao comprometimento do sistema nervoso central, diminuindo a sua habilidade em processar os estímulos vestibulares, visuais e proprioceptivos responsáveis pela manutenção do equilíbrio corporal, reduzindo a capacidade de transformações dos reflexos adaptativos. A Vertigem Posicional Paroxística Benigna é a mais comum vestibulopatia periférica que afeta os idosos, principalmente o gênero feminino. Trata-se de um distúrbio vestibular caracterizado por episódios rápidos de vertigem, desencadeados pela brusca movimentação cefálica ou corporal. Uma forma de tratamento para este agravo seria a Reabilitação Vestibular, que objetiva a melhora do equilíbrio global e a restauração da orientação espacial para o mais fisiológico possível. Objetivo: A presente pesquisa teve como objetivo sistematizar o conhecimento produzido e publicado na literatura nacional sobre os efeitos da Reabilitação Vestibular para o tratamento de pacientes idosos com Vertigem Posicional Paroxística Benigna. Metodologia: Foi feito um levantamento bibliográfico nas bases de dados constantes na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) – LILACS, MEDLINE, SciELO. A estratégia de busca, nas referidas bases de dados, foi a seguinte: “reabilitação” AND “vestibular” AND “idoso”/ “reabilitação” AND “vertigem” AND “idoso”/ “vertigem” AND “idoso. Os critérios de inclusão foram: artigos publicados entre 2007 e 2012, disponíveis na íntegra, apenas no idioma português e que abordavam os temas reabilitação vestibular em idosos e vertigem posicional paroxística benigna. A análise dos dados dos estudos foi feita através da revisão crítica dos conteúdos. Resultados: Quatro artigos foram revisados na íntegra. Após a análise crítica de seus conteúdos, eles foram divididos em 5 categorias, sendo elas: caracterização da amostra, que resultou na participação de 195 idosos com faixa etária entre 60 e 90 anos de idade, com predominância do sexo feminino(64,6%); acometimento do canal semicircular, evidenciando o comprometido do canal semicircular posterior na maioria dos estudos(75%); teste diagnóstico, com destaque para o Dix Hallpike que foi o mais utilizado para a investigação da vertigem e do nistagmo, característicos da VPPB(75%); intervenção, sendo a manobra de Epley a mais utilizada(75%); e efeitos da intervenção, onde a ausência da vertigem pós-tratamento foi evidenciada em todos os estudos. Conclusão: Esta revisão sistemática sintetiza evidências sobre os efeitos da Reabilitação Vestibular, os instrumentos de avaliação do equilíbrio corporal e os instrumentos de análise dos resultados da intervenção utilizada nos idosos, podendo servir de subsídio para as ações clínicas. Desse modo, concluiu-se que a Reabilitação Vestibular traz benefícios aos pacientes idosos com Vertigem Posicional Paroxística Benigna. Contudo, a escassez de estudos na literatura nacional e o número reduzido das amostras restringe a possibilidade de demonstração da sua efetividade. Portanto, sugere-se a realização de pesquisas adequadamente desenhadas, para o esclarecimento de dúvidas existentes, como a comparação da Reabilitação Vestibular com outras formas de tratamento das disfunções vestibulares nos pacientes idosos.