INTRODUÇÃO: O processo de transição demográfica e epidemiológica, causado pela diminuição dos índices de natalidade e mortalidade e modificação do perfil de morbimortalidade é representado pelo aumento da população idosa e, consequentemente, aumento da comorbidade, levando a procedimentos cirúrgicos, principalmente a histerectomia. A histerectomia é um procedimento cirúrgico irreversível, realizado por indicação médica, com a finalidade de restabelecer a saúde ou mesmo salvar a vida da mulher. As indicações para histerectomia são: falha do tratamento clínico ou da ablação endometrial em pacientes com sangramento uterino anormal; miomas uterinos associados à dor ou com sangramento uterino anormal; úteros de volume até 500 cm³. Para o Sistema Único de Saúde (SUS), a histerectomia representa uma das cirurgias mais realizada entre mulheres, sendo superada apenas pela cesárea. OBJETIVO: caracterização das idosas internadas para cirurgia de histerectomia vaginal no período de março de 2011 a março de 2013, em um hospital universitário referência em Saúde da Mulher. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo e retrospectivo. Os dados foram coletados através dos livros de registro hospitalar, disponíveis no hospital estudado, localizado no município de Santa Cruz/RN. Após a coleta dos dados, foi realizada a tabulação no Microsoft Office Excel 2007, com construção de gráficos e tabelas. Os dados foram analisados e discutidos a partir da literatura científica publicada na área. RESULTADOS: Durante o período de Março de 2011 a Março de 2013, 19 mulheres idosas foram admitidas no hospital estudado para serem submetidas à histerectomia vaginal, onde sua indicação se deu devido ao prolapso uterino. Dessa forma, a idade das mulheres que realizaram a cirurgia se dá da seguinte forma: 5 possuíam idade entre 60 á 64 anos (26%), 5 entre 65 á 69 ( 26%), 0 entre 70 á 74 ( 0%), 5 entre 75 á 79 ( 26%), 3 entre 80 á 84 (16%), 1 entre 85 á 89 ( 5%). Com relação à paridade tem-se: 01 mulher apresentou 01 paridade (5%), 03 apresentaram 02 paridades (16%), 01 apresentou 03 paridades (5%), 01 apresentou 04 paridades (5%), 01 apresentou 05 paridades ( 5%), 1 apresentou 6 paridades (5%), 0 apresentou 7 paridade (0%), 1 apresentou 8 paridades (5%), 3 apresentaram 9 paridades (16%), 2 apresentaram 10 paridades (11%), 0 apresentou 11 paridades (0%), 2 apresentaram 12 paridades (11%), 0 apresentou 13 paridades (0%), 1 apresentou 14 paridades (5%), 0 apresentou 15 paridades (0%), 0 apresentou 16 paridades (0%),1 apresentou 17 paridades ( 5%), 1 não foi notificada (5%). CONCLUSÃO: Os dados epidemiológicos evidenciados neste estudo apontam um maior índice das mulheres que realizaram histerectomia vaginal com idade entre 60 a 79 anos, ligados também a paridade. Foi encontrado nos registros falta de notificações e evasão de algumas mulheres, referente ao procedimento cirúrgico. Sendo assim, acha-se necessário um maior cuidado nos registros e um maior comprometimento da equipe, fazendo assim uma enfermagem mais comprometida com a saúde dessas mulheres atuando de forma resolutiva quanto à evasão das mesmas.