As escolas por muito tempo foram o único espaço de construção de conhecimentos. Atualmente existem práticas educacionais que se processam nos mais distintos ambientes. Nesse sentido, as discussões sobre educação formal e não formal por Gadotti (2005) e Gohn (2004) tornam-se cada vez mais úteis para que possamos conhecer as nuances que estão por traz da simples caracterização em um ou outro formato de educação. Entendendo que a educação religiosa objetiva a descrição e a reflexão sobre os costumes e valores das religiões existentes, o presente trabalho objetiva identificar se a educação processada no âmbito da Escola Bíblica Dominical (E.B.D.) constitui-se um modelo de educação formal ou não formal. Para tanto, foi realizada uma pesquisa de cunho etnográfico, com uma abordagem plurimetodológica, que se utilizou de entrevistas semiestruturadas, questionários semiabertos e observações, em uma Escola Bíblica Dominical de uma Igreja Batista em Olinda-PE. Elegemos como categorias de análise a hierarquia da instituição, a estrutura física e as práticas pedagógicas ali desenvolvidas. Os resultados apontam que embora existam elementos de uma educação não formal, como a não obrigatoriedade de formação para os professores e ausência de controle por órgãos regulamentadores é visível o esforço de aproximação com a educação formal, como forma de validar as práticas não formais ali realizadas.