Este artigo tem por finalidade apresentar uma análise teórica acerca do fenômeno aula, problematizando, a condição de fixidez constituída no espaço efêmero do acontecimento uma aula. Diante disto, percebemos a configuração desta definição através de dois momentos, respectivamente: a projeção e o acontecimento, que promovem-se através das diversas condicionantes (ações discentes, docentes, cultura escolar...) que envolvem às referidas conjunções temporais que compõe este espaço, assim, cada aula passa a ser singular. A partir da peculiaridade estipulada a cada aula, buscaremos analisar como os alunos assumem a condição de operadores da sala de aula através de perguntas, gestos, ações e silêncios. Em suma, um espaço de diversos acontecimentos que ditam possibilidades para o professor, assim como, evocam-no para condições impensadas no planejamento da aula. Partindo deste pressuposto, pode-se dizer que uma aula assume distintos caminhos, principalmente, quando associada às proposições de um saber “mutável por natureza” como o saber histórico. Ante o que foi exposto, a partir de uma revisão bibliográfica ligada à uma ressignificação dos protagonismos sociais, assim como, alimentado empiricamente pelas observações formuladas no estágio de regência em história, com uma turma do ensino fundamental; este enunciado, possibilitará diferentes interpretações acerca do espaço de uma aula, resumidamente, entre táticas e estratégias que podem ser definidas como o acontecimento da aula e a projeção esboçada em um planejamento. Diante disto, avaliamos como justificada a discussão deste trabalho, pois, ela apresenta uma visão não convencional acerca do alunado, colocando-os, na condição de protagonismo juntamente com o docente.