Este trabalho versa sobre discussões em torno do ensino de Língua Portuguesa, no tocante à leitura e escrita, a partir da observação de como estas habilidades vêm sendo neglicendiadas nas salas de aula, especialmente no ensino fundamental II. Nesse nível de ensino as práticas de leitura e escrita são basicamente as propostas do livro didático. Nesse sentido, procuramos aqui discutir como o ensino de Língua Portuguesa pautado numa concepção sociointeracionista de linguagem pode contribuir para uma abordagem de leitura e escrita na qual os discentes vivenciem experiências de linguagem em suas várias modalidades, encarando a leitura e escrita como práticas sociais que integra suas vidas. Dessa forma, os alunos são sujeitos que interagem com o texto e com o outro em várias realizações de comunicação. Para as discussões crítico-teóricas, utilizaremos como aporte Kleiman (2000), Antunes (2000), Foucambert (1994), Geraldi (2006) Koch (2006) Leffa (1996), Oliveira e Antunes (2013) Marcuschi (2008), dentre outros. Esses autores, além de proporcionar o aparato teórico necessário à fundamentação desse trabalho, também asseguram a relevância de se trabalhar a leitura e a escrita na perspectiva sociointeracionista, para um ensino de Língua Portuguesa que leve em consideração as especificidades de cada texto que circula nos diversos meios sociais, bem como sua abordagem em sala de aula. Com esses autores, podemos considerar que, para proporcionar o ensino de Língua Portuguesa que alcance seu objetivo de desenvolvimento da competência comunicativa dos alunos, devemos redimensionar o trabalho com a leitura e escrita, tornando-o dinâmico e interativo.