Este artigo aborda a ampliação do tempo escolar, buscando identificar o modo como a estratégia em curso tem se materializado nas escolas públicas do país, sobretudo no que diz respeito ao binômio: formação integral/proteção social. Para tanto, abordamos um breve histórico sobre as principais experiências de educação integral e em tempo integral desenvolvidas no país. Versamos ainda, sobre o caráter assistencialista que as experiências de educação em tempo integral tendem a assumir nas práticas historicamente desenvolvidas, destacando a aproximação do Programa Mais Educação com a perspectiva compensatória de atendimento e de proteção social. As experiências de escolas de educação em tempo integral, vinculadas ao Programa Mais Educação, demonstram poucos avanços no sentido da ressignificação curricular, a submissão à perspectiva de currículo instrumental e imediatista, adaptando e reproduzindo o tradicional modelo de escola voltada para as classes populares no país.