Este artigo propõe analisar o olhar dos educadores que trabalham com a Educação de Jovens e Adultos (EJA) em prisões. Buscamos compreender quais são as concepções do professor sobre a educação mediada por ele e identificar se as suas práticas orientam para um processo de humanização e politização dos sujeitos pesquisados. Para isso, delimitamos como campo de pesquisa o Presídio Frei Damião de Bonzano (PFDB), por se tratar de uma unidade prisional de segurança máxima que faz parte do maior conjunto carcerário do Estado de Pernambuco. Realizamos uma entrevista semiestruturada com 5 educadores, os quais compõem o quadro de professores da escola Nossa Senhora das Graças, localizada nesta unidade prisional escolhida. Os dados foram analisados conforme propõe Duarte (2004) e Bardin (2011) e nos remeteram para reafirmar a importância da educação como um direito humano, impossível de ser negado aos indivíduos que se encontram privados de liberdade ao mesmo tempo em que destacamos a importância do educador que trabalha com a EJA em prisões, ser especializado, com acesso à formação contínua capacitando-o para um exercício profissional que vise a emancipação dos sujeitos reeducandos.