A alfabetização, processo considerado complexo, é algo que requer estudos, pesquisas e atenção por parte dos professores e da escola. Não levar em conta tal complexidade significa abrir possibilidades de colocar em risco a consolidação do processo de alfabetização de alguns alunos. Aspectos relativos ao ensino-aprendizagem devem ser considerados, visto que, também, interferem na aquisição e desenvolvimento da leitura e da escrita. A forma tradicional de ensino da língua materna precisa de redimensionamento para, assim, o aprendizado da escrita alfabética tornasse mais significativo para quem aprende. Com essa compreensão, o estudo de mestrado intitulado “Alfabetizar letrando no 6º ano (!?): um estudo na EEMASL/ASSU”, está sendo desenvolvido, sendo o presente artigo um recorte desse trabalho. Metodologicamente, adota os pressupostos da Pesquisação de natureza qualitativa, seguindo as orientações de autores como Leffa (2006) e Thiolent (1998). Teoricamente, fundamenta-se nas ideias de estudiosos da alfabetização e do letramento, tais como: Cagliari (1997), Ferreiro e Teberosky (1999), Moll (2009), Lemle (1988), Soares (2015). O objetivo central é apresentar a realidade do processo de construção da escrita de alunos do 6º ano. Para tanto, dois textos são tomados como exemplo. Da análise deles, fica comprovado que o nível de escrita desses alunos é semelhante à escrita das crianças dos anos iniciais, denotando a necessidade de alfabetizar também no 6º ano do Ensino Fundamental. Neste sentido, é imperativa a efetivação do processo de alfabetização de alunos que chegam ao 6º ano sem tê-la processada, pois se nada for feito para alfabetizá-los, suas dificuldades relacionadas à leitura e à escrita continuarão e, possivelmente, contribuirão para excluí-los da escola.