Nos últimos dias uma discussão tomou conta das redes sociais e das rodas de conversas de professores: “A PL Escola Sem Partido” - Projeto de Lei de número 193/2016 de autoria do Senador Magno Malta, que versa, entre outras coisas, inibir o professor de exercer sua prática docente de forma que desperte o senso crítico dos alunos, baseada em preceitos fundamentalistas, de que é preciso haver neutralidade por parte do docente ao repassar os conteúdos para seus alunos. A PL vem disfarçada de falácias no que se refere à conduta do professor em sala de aula, afirmando, sem pestanejar, que o docente realiza práticas esquerdistas em suas aulas, na tentativa de doutrinar seus alunos para visões particulares do professor. Diante dessa proposta que segue no congresso, pretendemos fazer uma breve discussão a partir da perspectiva da realidade do professor de Sociologia da Rede Básica de Ensino, na tentativa de chamar atenção para as contradições do projeto e para os interesses políticos particulares de quem é favorável a sua aprovação.