Em diversos períodos da história os surdos sempre foram colocados à margem de diversos aspectos da sociedade, sejam eles educacionais, culturais e dentro outros, apenas vistos como incapazes de escolher, aprender ou mesmo pensar. Mas partir do final do último século houve mudanças significativas na forma de compreender suas características, que afetaram as propostas educacionais oferecidas a eles. Tendo em vista tais processos, este estudo tem como objetivo fazer uma reflexão acerca da importância da língua de sinais para os surdos numa perspectiva da inclusão e de formação de identidade do surdo. Para atingir tal propósito, fizemos um levantamento bibliográfico na investigação da trajetória e os desafios vivenciados pelos surdos na concepção de alguns autores, como: Goldfeld (1997), Sacks (1990), entre outros, visando uma análise que pudesse possibilitar a compreensão dos embates, dúvidas e divergências que ainda são postas em relação ao processo educacional desta comunidade. O intuito é mostrar a importância dessas filosofias nos estudos sobre surdez e como, historicamente, foram utilizadas na educação dos surdos e levantar a reflexão acerca do sujeito surdo que está nos ambientes escolares e como devemos respeitá-lo. Percebemos assim, que desde meados dos séculos XVI até os dias atuais percebemos ainda a ignorância da sociedade diante a educação, diante da LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) e do próprio sujeito surdo, na visão de que os mesmos são incapazes, assim ressaltamos a importância do conhecimento para que possamos construir melhores práticas pedagógicas, pautadas na reflexão para não se repetir no futuro os erros do passado e seus equívocos.