FERNANDES, Natália Teixeira. A percepção das mães quanto a importância da imunização. Anais I CONBRACIS... Campina Grande: Realize Editora, 2016. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/18816>. Acesso em: 22/11/2024 00:35
O Ministério da Saúde, buscando melhorias na área preventiva a partir da década de 70, com a criação e institucionalização do Programa Nacional de Imunização vem atingindo seus objetivos de promover o controle das doenças imunopreveníveis por meio da utilização dos imunobiológicos. As vacinas se constituem um dos métodos mais eficazes na prevenção de doenças transmissíveis às crianças principalmente nos primeiros anos de vida. O presente estudo teve como objetivo geral: analisar a percepção das mães quanto à importância da vacinação infantil, e objetivos específicos: avaliar as características socioeconômicas dos sujeitos da pesquisa, identificar os dados relativos à situação vacinal das crianças das mães entrevistadas, averiguar o conhecimento das mães sobre a imunização infantil, e verificar a percepção das mães quanto à importância da imunização infantil. O estudo trata de uma pesquisa de campo do tipo exploratório-descritiva com abordagem quanti-qualitativa, e utiliza a observação passiva, foi realizado na ESF Vereador Durval Costa, foram entrevistadas 20 (vinte) mães de crianças com idade a partir do nascimento até completarem 1 ano, 11 meses e 29 dias de vida, que preencheram os seguintes critérios de inclusão: idade acima de 18 anos, possuíam cadastramento familiar na UBS, compareceram a UBS no período da pesquisa e aceitaram participar desta por meio da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) comprovando sua participação. O instrumento para a coleta de dados foi constituído de um formulário com perguntas fechadas e abertas referentes ao tema em questão. Os dados, coletados diariamente na sala de espera da UBS em seguida foram analisados quanti e qualitativamente por meio de procedimentos estatísticos e Discurso do Sujeito Coletivo. A coleta foi realizada entre os meses de agosto e outubro deste ano levou em consideração a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde e também o que rege o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, na Resolução 311/2007. Os resultados encontrados nos permitiram considerar que a amostra era composta predominantemente por mães de faixa etária de 18 a 28 anos (50%), casadas (55%), com escolaridade acima de 8 anos (50%), e com ocupação do lar (55%). Das cadernetas de vacinação das crianças das mães entrevistadas 65% encontrava-se com o calendário vacinal atualizado. As mães atribuíam à finalidade das crianças serem vacinadas a proteção e a prevenção de doenças, embora a ideia de sofrimento ainda tenha surgido devido, em sua maioria às vacinas apresentarem-se na forma injetável. Indagadas por quais motivos vieram vacinar seus filhos, as mesma responderam a proteção e prevenção como motivadoras, juntamente com o atraso, a obrigação e o incentivo da Enfermagem nas consultas de C e D. Inquiridas quanto ao conhecimento dos imunobiológicos, muitas sabiam quais eram algumas das vacinas a serem aplicadas, sem, no entanto terem conhecimento a cerca de quais doenças preveniam. Releva-se a importância da educação em saúde como um processo de comunicação, diálogo e esclarecimentos. Ressalta-se o valor da presença do profissional de nível superior nas salas de vacina. Ambas as ações podem levar à conscientização das mães, conduzindo-as, assim, a agir criticamente no meio em que vivem, contribuindo cada vez mais para à saúde da criança.