CAVALCANTI, Abisague Bezerra. . Anais XII CONAGES... Campina Grande: Realize Editora, 2016. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/18758>. Acesso em: 22/11/2024 18:48
Trata-se de uma análise-interpretação acerca do texto Uma mulher dama (1979), de Lourdes Ramalho. Para tanto, discute-se a maneira como a protagonista Aga e a personagem Pedro, no âmbito da representação dramatúrgica refletem e problematizam os espaços de pertença e de pertencimento dos sujeitos face a dinâmicas socioculturais, de modo a problematizá-las e alterá-las. Tem-se como objetivo interpretar um aspecto de ordem temática relevante no que tange à discussão dessa obra, enfatizando a expressão as dinâmicas que envolvem questões de gênero e sexualidade, mediante os diálogos que são travados entre a manutenção e a ruptura com os padrões preestabelecidos e normatizados. Pretende-se, assim, apontar como, neste texto, tem-se uma equalização com os debates em torno da dramaturgia moderna/contemporânea, para a representação dos temas expressos na peça. Concomitantemente, uma vez da inversão dos papéis masculinos e femininos na representação dramatúrgica em questão, propõe-se investigar como a dimensão intergênero, no que diria respeito a uma visada teórica, faz a passagem do âmbito temático para o âmbito formal em no texto, dado que ao mesmo tempo em que há uma dimensão travesti ou transgênero em Pedro, é importante também considerar que essa questão está formalizada na peça, posto que, ao mesmo tempo em que há uma dimensão travesti ou transgênero em Pedro, é importante também considerar essa questão formalizada na dramaturgia, que entra nessa área de hibridização dos gêneros literários, via a perspectiva de “dramaturgia transgênero”.