Artigo Anais I CONAPESC

ANAIS de Evento

ISSN: 2525-6696

ECOLOGIA TRÓFICA DE DUAS ESPÉCIES SIMPÁTRICAS ASSOCIADAS A DIFERENTES HABITATS ESTUARINOS

Palavra-chaves: GERREIDAE, ECOLÓGIA TRÓFICA, ESTUÁRIO TROPICAL Pôster (PO) Biologia Geral
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Publicado em 01 de junho de 2016

Resumo

Os estuários são ecossistemas de grande importância para diversas espécies de peixes, constituindo uma área de alimentação, refúgio e berçário. Esses ecossistemas possuem ainda meso e microhabitats como bancos de fanerógamas e planícies de maré, esses que possuem uma complexidade estrutural com capacidade de suportar diversos organismos. A partição de recursos e diferenciação de nicho são estratégias muito importantes para a coexistência de espécies congêneres em um estuário, dessa forma, estudar essas estratégias é importante para entender as relações ecológicas das espécies. Duas espécies de peixes que habitam esses locais são os carapicus Eucinostomus argenteus e Eucinostomus melanopterus, espécies da família Gerreidae, largamente distribuídos ao longo da costa brasileira. Este trabalho visa analisar a dieta e distribuição dessas espécies em áreas com vegetação de fanerógamas, planícies lamosas e maguezal em um estuário tropical. As amostragens foram realizadas no período chuvoso (Abril, Maio e Agosto) e seco (Setembro, Novembro e Dezembro), em quatro pontos do estuário, dois vegetados e dois de planícies de mare, no ano de 2014. Para a captura das amostras foram feitos arrastos paralelo à praia utilizando-se uma rede do tipo beach seine. Foram capturados 656 espécimes de Eucinostomus argenteus (Ea) e 745 de Eucinostomus melanopterus (Em), a abundância diferiu significativamente entre os locais para as duas espécies. Foram analisados um total de 757 estômagos tendo como presas mais dominantes microcrustáceos do zooplancton, calanoida e ciclopoida sendo os mais significativos. As espécies apresentaram duas formas de partição de recursos, uma pela partição espacial, sendo que E. argenteus se apresentou mais abundante nos bancos de fanerógamas e E. melanopterus nas áreas de manguezal, e partição volumétrica de itens alimentares.

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