O foco de análise deste trabalho são os modelos e projetos de irrigação experimentados durante décadas no Nordeste Semiárido. Dentro desse contexto, busca-se refletir sobre o sentido social das políticas de irrigação desenvolvidas pelo Estado no Passado e as que vêm sendo desenvolvidas nesta última década. A metodologia que norteou o presente trabalho utilizou-se da abordagem qualitativa. O método usado foi a pesquisa bibliográfica e documental. Afinal concluímos, que as suposições que legitimam a Política Nacional de Irrigação no passado – prioridade da função social e utilidade pública do uso da água e solos irrigáveis, priorizando agricultores familiares - são recusados, no presente, que propõe tratar a agricultura irrigada como um agronegócio. Desse modo, estes projetos passam a privilegiar o agronegócio em detrimento da agricultura familiar, revelando assim uma mudança no enfoque social das políticas públicas de irrigação.