No semiárido brasileiro, principalmente em áreas rurais, o acesso à água potável ainda é uma realidade distante para os que residem nessas localidades, fato que não necessariamente deve ser creditado somente à escassez, mas também a sérios problemas de gestão. Aproximadamente 68,8% dos domicílios nas áreas rurais não tem acesso à água por meio de uma rede geral de abastecimento de água. O presente trabalho tem por objetivo realizar uma análise das diferentes formas de acesso á água na zona rural de três municípios, Sousa, Patos e Pombal, incluídos no semiárido paraibano. A metodologia empregada baseou-se na pesquisa de dados secundários junto Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através do Sistema de Informações Georreferenciadas Estatcart, ferramenta disponibilizada pelo IBGE para simplifica a consulta ao extenso acervo de dados municipais, dispersos em diferentes fontes e formatos, permitindo o cruzamento e o mapeamento de estatísticas, registros administrativos e informações geográficas em um ambiente de dados sistematizado. Os resultados indicaram uma desproporcionalidade no acesso à água, constatou-se que 67,77%, 50,98% e 24,73% dos os domicílios de Pombal, Patos e Souza, respectivamente, tem acesso à água, principalmente, através de fontes alternativas como carro-pipa, rios, açudes. Dessa forma, faz-se necessária campanhas de educação ambiental para o uso sustentável da água, como também o desenvolvimento de tecnologias que garantam a segurança hídrica e o bem estar das populações que residem nessas áreas, tendo em vista o alto risco de ocorrência de surtos de doenças de veiculação hídrica devido a contaminação que pode ocorrer na captação, transporte e armazenamento.