Este artigo parte de uma pesquisa cuja perspectiva foi articular, as múltiplas identidades femininas e suas histórias de vida em seus territórios de atuação social, a partir das proposições de uma proposta educativa que educa através de histórias de vida, contribuindo na escola para o ensino de história. Nosso objetivo foi compreender como mulheres que atuam como rezadeira, cordelista e docente em assentamentos, constroem suas identidades de pertencimento, a partir de suas memórias do lugar onde habitam e desenvolvem suas práticas sociais e culturais, cujos saberes-fazeres se constituem em conhecimentos importantes de serem inseridos no espaço escolar, no contexto do ensino de história. Partindo deste pressuposto, buscamos problematizar o lugar social destas mulheres, procurando perceber como estes segmentos femininos de diferentes gerações em contextos rurais e urbanos, elaboram suas ações cotidianas nos territórios de seus pertencimentos, na construção de suas identidades de gênero contribuindo na formação docente em história e na perspectiva de um currículo intercultural. Trata-se de uma pesquisa com história oral, em que foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com mulheres em três diferentes cidades da Paraíba, para que pudéssemos entender como estas nos cotidianos desenvolvem ações e práticas que na concepção deste estudos, são educacionais. Este estudo é, portanto, resultado de uma pesquisa de Iniciação Cientifica – Píbic/UEPB, que está em andamento, na qual apresentamos reflexões sobre a relação entre história de vida e saber escolar, nos modos e formas de aprendizagens significativas cujos conteúdos nos permite fazer uma releitura do ensino de história e as contribuições das narrativas orais, para elaboração do saber histórico escolar.