Buscamos neste artigo problematizar a influência de Paulo Freire e sua obra Pedagogia do Oprimido (1968) para a Teologia da Libertação. Para tanto recorremos a fontes orais através de duas entrevistas, concedidas a pesquisadora, de membros da Igreja Católica, sendo eles, o padre Redentorista Cristiano Joosten, e o monge Beneditino Marcelo Barros, respectivamente de Campina Grande e Recife. Tal diálogo pôde destacar a relação da ideia de uma prática libertadora tanto na obra de Paulo Freire como na Teologia da Libertação. Tal relação ressaltam a importância do caráter prático e desenvolvimento crítico dos sujeitos para alcançarem sua libertação, entendendo-se, portanto, como sujeito histórico e transformador da sua condição social. Neste sentido a produção intelectual freiriana teve notória importância para o desenvolvimento de uma teologia libertadora, o que pode ser observado tanto nas entrevistas como também em autores considerados expoentes dessa teologia no Brasil e na América Latina. Ressaltamos essa influência, especialmente tomando como recorte a atuação de clérigos do Nordeste em detrimento do recorte de fontes feito para este artigo.