O presente artigo tematiza o inédito viável na Amazônia amapaense, tendo como foco mulheres egressas da EJA que ousam e chegam à universidade. Consiste no resultado final de uma pesquisa mais ampla, denominada "Sujeitos insurgentes – narrativas educacionais de acadêmicas egressas da EJA", que foi desenvolvida na Linha de Pesquisa: EJA, Educação Popular Freireana e Formação de professores, do Grupo de Estudos, Pesquisas e Práticas em Educação na Amazônia Amapaense (GEPEA), vinculado à Universidade do Estado do Amapá (UEAP). Objetiva-se fazer uma análise dos significados que mulheres acadêmicas egressas da EJA atribuem à conquista de uma vaga na educação superior pública, tomando como parâmetro de análise a categoria inédito viável, oriunda do pensamento educacional de Paulo Freire. Metodologicamente, a pesquisa da qual resulta o presente artigo ampara-se na abordagem qualitativa de produção do conhecimento científico, particularmente, em pressupostos epistemológicos da perspectiva etnossociológica, especificamente no método Narrativas de vida. Tem-se como sujeitos desta pesquisa 04 (quatro) acadêmicas de uma Instituição Pública de Educação Superior em Macapá-AP. Nos resultados e discussões apresentam-se análises de relatos acerca da presença das entrevistadas na Educação Superior e mensagens aos sujeitos-educandos da EJA. Conclui-se que as acadêmicas egressas da EJA atribuem à conquista de uma vaga na Universidade significado de realização pessoal, e pretendem continuar estudando e trabalhar na área de sua formação.