Ações de promoção e prevenção da saúde são realizadas de forma intersetorial. Com destaque a escola como um ambiente importante para o desenvolvimento das ações preventivas com enfoque para a educação em saúde. O objetivo deste estudo foi relatar a experiência de práticas de educação em saúde com um grupo de adolescentes de uma Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF). Foram realizadas sete oficinas desenvolvidas a partir das necessidades identificadas no grupo e no território de abrangência da UBSF. Participaram 18 adolescentes, com idades entre 10 e 14 anos. O modelo pedagógico adotado baseou-se na educação problematizadora de Paulo Freire, sustentada pela metodologia participativa e dialogada. Todos os participantes foram sensibilizados a serem multiplicadores dos conhecimentos debatidos. Evidenciaram-se problemáticas quanto ao contexto sociocultural dos alunos, constituindo barreiras para que a sexualidade seja abordada, desde a ausência da escola, aspectos relativos a posicionamentos familiares, religiosos e falta de conhecimento específico; quanto aos profissionais de saúde, evidenciam-se algumas lacunas como, à demanda de trabalho e sensibilidade por não visualizar como prioridade a escuta dos adolescentes, possibilitando a falta de discussão entre os jovens que recebem informações sem objetivos educativos. Assim, percebeu-se a importância da educação em saúde como instrumento de promoção e prevenção de agravos como, gravidez na adolescência, vulnerabilidades às doenças sexualmente transmissíveis e problemas de planejamento familiar. Sendo assim, é necessário estimular os adolescentes através de grupos de promoção à saúde para a aquisição de conhecimentos que favorecerá o exercício da cidadania e transformação da sua realidade social.