Neste estudo, partimos da análise de que o domínio da escrita é construção e potencialização de saberes e que a escola é um lugar em e de movimento, pois cada sistema cultural está sempre em processo de mudança e que tais mudanças corresponde a desfechos de inúmeros conflitos transitando em um campo dos possíveis. Assim, consideramos que é preciso pensar a trajetória de vida enquanto construção histórica, ao mesmo tempo, situá-la no contexto escolar para desdobrar o tema da complexidade do processo de alfabetização na produção de sentido. Deste modo, iniciamos uma “visita” às memórias da infância no cotidiano da escola, para nos situarmos o lugar de onde falamos e como falamos, para dizer dos sentidos que a escrita tem para os homens e mulheres na potencialização de seus saberes. Reforçando assim, a complexidade do processo de alfabetização, bem como, a multiplicidades de sentidos e conhecimento que o envolve. E por fim, lançamos compreensões de que o imaginário das classes populares vem carregado de impressões sobre o que é escola, onde ideias e concepções diferentes coabitam em um mesmo espaço, à medida que, confere aos homens e mulheres a capacidade de dar sentido às suas vidas e as suas criações.