Este trabalho tem como objetivo analisar a produção curricular que se constitui nas salas de aula, com a interferência e apropriações do uso dos dispositivos móveis, em especial o celular, algo comum entre os jovens de hoje. Destacamos o que o presente texto faz parte de uma pesquisa ainda em estágio inicial, mas que torna-se relevante a problematização e aprofundamento acerca da temática. A discussão parte de indagações sobre usos da tecnologia na sala de aula, a partir das mudanças no cenário educacional. É estabelecido um diálogo acerca das questões que se colocam no cenário educacional a partir dos usos dos celulares, dentro-fora das salas de aula, com apropriação das discussões dos estudos culturais e o pós-estruturais, com ênfase em autores como Homi Bhabha (2003) Entende-se que as tecnologias de informação e comunicação (TICs) se transformaram em grandes mediadores sociais e que no contexto pós-moderno nos deparamos com “os nativos digitais” (Prensky, 2010) como novos atores sociais. Além disso, compreendemos o ambiente escolar como um espaço híbrido e que nele há produção cultural do currículo. A hibridização do ambiente escolar se dá porque este espaço é móvel, conectado e social, criado pela constante movimentação de usuários que carregam aparelhos móveis; e também pelas relações sociais presenciais que ocorrem neste ambiente.