Artigo Anais II CONEDU

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

A LITERATURA INFANTIL COMO UMA FERRAMENTA NA VALORIZAÇÃO DA IDENTIDADE ÉTNICA E RACIAL DE CRIANÇAS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM NAZARÉ DA MATA-PE.

Palavra-chaves: LITERATURA INFANTIL, CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA, ENSINO FUNDAMENTAL Pôster (PO) / Poster Submission Educação e Relações Etnico-Raciais
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      Na atualidade, ainda, é comum encontrarmos nas bibliotecas das escolas públicas, sobretudo, de regiões mais afastadas das capitais, obras de literatura infantil cujos personagens são brancos e quando apresentam personagens negros são retratados na época da escravidão com todo o sofrimento que no momento existia. Para mudar essa situação é que as políticas de ações afirmativas foram criadas, entre as quais, destacamos a Lei 10.639 e as suas diretrizes curriculares. Apesar de desde março de 2003 ter sido sancionada a Lei 10.639/03 que alterou a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) e  estabeleceu as Diretrizes Curriculares para a educação das Relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e cultura Afro-Brasileira e Africana, resgatando historicamente a contribuição dos negros na construção e formação da sociedade brasileira. A referida Lei instituiu a obrigatoriedade do ensino da História da África e dos africanos no currículo escolar da Educação Básica, resgatando historicamente a contribuição dos negros na construção e formação da sociedade brasileira. Passados mais de dez anos de existência da referida lei, ainda encontramos práticas que não valorizam a presença dos negros na formação do nosso país e contribuem para a manutenção das hierarquias raciais na sociedade contemporânea.  Se, em algumas capitais brasileiras a lei 10639 encontra-se implementada, em cidades mais afastadas das capitais, essa realidade não se confirma, como é o caso de algumas cidades pernambucanas, sobretudo, da zona da Mata. Nesse contexto, o texto em questão, parte de uma pesquisa mais ampla, teve como objetivo proporcionar aos alunos do ensino fundamental I de uma escola municipal da cidade de Nazaré da Mata o conhecimento de sua identidade enquanto sujeito singular, a partir de vivências que abordem a história e cultura Afro-brasileira e africana, estimulando assim, a construção de cidadãos conscientes que respeitem as diferenças étnico-raciais, sociais, culturais e consigam conviver ética e harmoniosamente na sociedade onde estão inseridos.  Baseamo-nos teoricamente em estudos na área da literatura infantil, que abordam questões de preconceito no ambiente escolar e fora dele e na lei 10.639/2003 e suas diretrizes. Nossa pesquisa está alicerçada na pesquisa-ação-formação por buscar agregar métodos que direcionam para a ação e a formação dos sujeitos envolvidos no processo de investigação. A nossa proposta se deu por meio de oficinas de leitura realizadas na presença dos respectivos professores com o auxilio de estudantes de graduação em Pedagogia. Utilizamos também um diário de campo e da observação participante para mapear as atitudes dos alunos ao se depararem com tais livros, positivas ou negativas, assim como as atitudes dos professores envolvidos com a nossa pesquisa. Percebemos que o contato com livros de literatura infantil que trazem personagens negros como protagonistas favoreceu a construção de uma consciência cultural e a valorização da cultura negra, importantes elementos para a formação de cidadãos capazes de conviver respeitosamente na sociedade em que vivem independentemente de cor, sexo ou classe social.
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      Na atualidade, ainda, é comum encontrarmos nas bibliotecas das escolas públicas, sobretudo, de regiões mais afastadas das capitais, obras de literatura infantil cujos personagens são brancos e quando apresentam personagens negros são retratados na época da escravidão com todo o sofrimento que no momento existia. Para mudar essa situação é que as políticas de ações afirmativas foram criadas, entre as quais, destacamos a Lei 10.639 e as suas diretrizes curriculares. Apesar de desde março de 2003 ter sido sancionada a Lei 10.639/03 que alterou a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) e  estabeleceu as Diretrizes Curriculares para a educação das Relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e cultura Afro-Brasileira e Africana, resgatando historicamente a contribuição dos negros na construção e formação da sociedade brasileira. A referida Lei instituiu a obrigatoriedade do ensino da História da África e dos africanos no currículo escolar da Educação Básica, resgatando historicamente a contribuição dos negros na construção e formação da sociedade brasileira. Passados mais de dez anos de existência da referida lei, ainda encontramos práticas que não valorizam a presença dos negros na formação do nosso país e contribuem para a manutenção das hierarquias raciais na sociedade contemporânea.  Se, em algumas capitais brasileiras a lei 10639 encontra-se implementada, em cidades mais afastadas das capitais, essa realidade não se confirma, como é o caso de algumas cidades pernambucanas, sobretudo, da zona da Mata. Nesse contexto, o texto em questão, parte de uma pesquisa mais ampla, teve como objetivo proporcionar aos alunos do ensino fundamental I de uma escola municipal da cidade de Nazaré da Mata o conhecimento de sua identidade enquanto sujeito singular, a partir de vivências que abordem a história e cultura Afro-brasileira e africana, estimulando assim, a construção de cidadãos conscientes que respeitem as diferenças étnico-raciais, sociais, culturais e consigam conviver ética e harmoniosamente na sociedade onde estão inseridos.  Baseamo-nos teoricamente em estudos na área da literatura infantil, que abordam questões de preconceito no ambiente escolar e fora dele e na lei 10.639/2003 e suas diretrizes. Nossa pesquisa está alicerçada na pesquisa-ação-formação por buscar agregar métodos que direcionam para a ação e a formação dos sujeitos envolvidos no processo de investigação. A nossa proposta se deu por meio de oficinas de leitura realizadas na presença dos respectivos professores com o auxilio de estudantes de graduação em Pedagogia. Utilizamos também um diário de campo e da observação participante para mapear as atitudes dos alunos ao se depararem com tais livros, positivas ou negativas, assim como as atitudes dos professores envolvidos com a nossa pesquisa. Percebemos que o contato com livros de literatura infantil que trazem personagens negros como protagonistas favoreceu a construção de uma consciência cultural e a valorização da cultura negra, importantes elementos para a formação de cidadãos capazes de conviver respeitosamente na sociedade em que vivem independentemente de cor, sexo ou classe social.
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Publicado em 14 de outubro de 2015

Resumo

A LITERATURA INFANTIL COMO UMA FERRAMENTA NA VALORIZAÇÃO DA IDENTIDADE ÉTNICA E RACIAL DE CRIANÇAS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM NAZARÉ DA MATA-PE Na atualidade, ainda, é comum encontrarmos nas bibliotecas das escolas públicas, sobretudo, de regiões mais afastadas das capitais, obras de literatura infantil cujos personagens são brancos e quando apresentam personagens negros são retratados na época da escravidão com todo o sofrimento que no momento existia. Para mudar essa situação é que as políticas de ações afirmativas foram criadas, entre as quais, destacamos a Lei 10.639 e as suas diretrizes curriculares. Apesar de desde março de 2003 ter sido sancionada a Lei 10.639/03 que alterou a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) e estabeleceu as Diretrizes Curriculares para a educação das Relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e cultura Afro-Brasileira e Africana, resgatando historicamente a contribuição dos negros na construção e formação da sociedade brasileira. A referida Lei instituiu a obrigatoriedade do ensino da História da África e dos africanos no currículo escolar da Educação Básica, resgatando historicamente a contribuição dos negros na construção e formação da sociedade brasileira. Passados mais de dez anos de existência da referida lei, ainda encontramos práticas que não valorizam a presença dos negros na formação do nosso país e contribuem para a manutenção das hierarquias raciais na sociedade contemporânea. Se, em algumas capitais brasileiras a lei 10639 encontra-se implementada, em cidades mais afastadas das capitais, essa realidade não se confirma, como é o caso de algumas cidades pernambucanas, sobretudo, da zona da Mata. Nesse contexto, o texto em questão, parte de uma pesquisa mais ampla, teve como objetivo proporcionar aos alunos do ensino fundamental I de uma escola municipal da cidade de Nazaré da Mata o conhecimento de sua identidade enquanto sujeito singular, a partir de vivências que abordem a história e cultura Afro-brasileira e africana, estimulando assim, a construção de cidadãos conscientes que respeitem as diferenças étnico-raciais, sociais, culturais e consigam conviver ética e harmoniosamente na sociedade onde estão inseridos. Baseamo-nos teoricamente em estudos na área da literatura infantil, que abordam questões de preconceito no ambiente escolar e fora dele e na lei 10.639/2003 e suas diretrizes. Nossa pesquisa está alicerçada na pesquisa-ação-formação por buscar agregar métodos que direcionam para a ação e a formação dos sujeitos envolvidos no processo de investigação. A nossa proposta se deu por meio de oficinas de leitura realizadas na presença dos respectivos professores com o auxilio de estudantes de graduação em Pedagogia. Utilizamos também um diário de campo e da observação participante para mapear as atitudes dos alunos ao se depararem com tais livros, positivas ou negativas, assim como as atitudes dos professores envolvidos com a nossa pesquisa. Percebemos que o contato com livros de literatura infantil que trazem personagens negros como protagonistas favoreceu a construção de uma consciência cultural e a valorização da cultura negra, importantes elementos para a formação de cidadãos capazes de conviver respeitosamente na sociedade em que vivem independentemente de cor, sexo ou classe social.

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