Resumo
A infância tem sido negada desde o princípio dos séculos, e assim como negros indígenas e mulheres as crianças também foram vítimas de um sistema cruel de desigualdade. Analisando os registros históricos de séculos atrás, podemos observar que crianças não eram vistas como alguém que ocupasse lugar na sociedade. No livro História Social da Criança e da Família de Philippe Ariés, podemos observar que no século XII, crianças eram vistas como adultos em miniaturas. Dessa forma crianças eram submetidas a trabalhos pesados, que chegavam a serem exauridas até a morte. Podemos fazer notória esta afirmação, discorrendo o texto a história trágica- marítima das crianças das embarcações do século XVI. O autor Ariés ao discutir o tema infância intitula “A Descoberta da Infância, o momento em que se começam a notar a presença do ser infantil. Segundo ele até por volta do século XII, a arte medieval desconhecia a infância ou mesmo não tentava representá-la. É abstruso acreditar que essa negação se devesse á inabilidade. O mais provável é que não houvesse lugar para a infância nesse contexto. O próprio prefixo in- significa negação, isto significa dizer que a palavra infância está na verdade negando o sujeito, significa dizer que a criança não existe.
Sabendo da negação da infância durante séculos. Compreendendo os diversos atos contraditórios que as crianças vêm sofrendo ao longo dos séculos discutimos as tensões históricas e atuais políticas que envolvem as dicotomias presentes na educação infantil, além das influencias que as grandes empresas procuram estabelecer frente hoje frente a educação infantil, versus sistema capitalista. Iremos analisar as conquistas e decadências que vem sendo difundidas como a questão dos direitos da criança e do adolescente que é algo que vem sendo construído processualmente ao longo dos anos. Compreendendo que toda política demanda de mobilizações para serem efetivadas e que grandes contestações foram travadas a favor dos direitos assistidos a infância, bem como o reconhecimento destes como sujeitos sócio histórico e cultural, a Constituição Federal que entrou em vigor em 1988, teve um marco significativo para ênfase dos direitos das crianças a educação, porém nem todas as crianças tem alcançado estes direitos. Assim, buscamos compreender a perspectiva política educacional em relação a educação de crianças, desde o contexto histórico até os dias atuais. Saber a percepção das ideologias presente na educação infantil e as políticas envoltas sobre a mesma. Além de enfatizarmos a questão da pobreza e suas relações intrínsecas com a educação. . Analisando todos estes aspectos buscamos compreender a percepção político-educacional em relação à infância, além de ações implementadas para a permanência da mesma.
Palavras chaves: ( infância, educação, pobreza, política, ideologia )