A inclusão é um desafio em todo país e que se torna mais acentuada na região de fronteira Brasil- Paraguai devido à grande quantidade de alunos vindos do país vizinho (o Parguai). Esses educandos, em sua maioria, só falam os idiomas, espanhol e guarani, oficiais daquele país dificultando a comunicação entre esses e educadores brasileiros, que na maioria das vezes são falantes somente do português. Diante disso, faz-se necessário entender essa realidade para propor soluções que amenizem os reflexos culturais e em relação à língua, na escola a fim de que se possibilite à pessoa em condição de deficiência um tratamento adequado, por parte do professor e demais atores escolares. Portanto, é preciso conhecer para entender e intervir. Assim, a pesquisa exploratória foi organizada, por ser aquela que melhor pode trazer clareza sobre essa realidade escolar fronteiriça. No momento apresenta-se o resultado do estudo piloto, desenvolvido para testar o instrumento elaborado, um questionário com dezessete questões abertas que giram no entorno de como se constitui o público de educandos em condição de deficiência da escola regular e pública oriundos do Paraguai ou com descendência paraguaia. O resultado da aplicação a seis professores da escola pública apontou para o fato de que o instrumento é adequado para o objetivo proposto. O imaginário no entorno de uma Escola que dê conta de aproximar-se de todos os seus educandos precisa de fato ser concretizado. Essa escola deve fazer sentido para seus meninos e meninas (mitays e mitacuñays) em condição de deficiência ou não.