O referente trabalho objetivou conhecer as estratégias diversas que crianças de 7 e 8 anos, que estudam no 3º ano do ensino fundamental 1, em uma escola municipal de Jaboatão dos Guararapes – PE, utilizam para resolver problemas multiplicativos dos tipos: configuração retangular; comparação; combinatória; proporcionalidade; divisão por quotição e divisão por partição. Para aplicação dos testes foi utilizado, como material de coleta de dados e posterior análise, um questionário com doze questões, duas para cada tipo de problema multiplicativo supracitado. Para a aplicação da pesquisa participaram 50 alunos, que se enquadravam na idade e fase escolar, dos horários matutino e vespertino, para buscar equiparar as condições de encontro dos resultados em crianças que estivessem no mesmo nível de escolarização sob uma mesma rotina pedagógica, mesmo ambiente de ensino e aprendizagem. Como suporte para a execução da atividade os alunos dispuseram apenas de papel, lápis, borracha e leitura das questões sem inferir possiblidades de mecanismos de resolução das questões. Os sujeitos analisados dispuseram de duas horas para resolver o exercício. Tiveram liberdade para resolver as questões independentes de cálculos numéricos, mentais ou artifícios como desenhos para apoiar a resolução dos problemas matemáticos postos. Não houve divulgação em forma de lista ou premiação para os alunos que obtivessem maior quantidade de acertos ou para os que resolvessem com maior criatividade os problemas multiplicativos. É válido ressaltar que no campo de atuação para aplicação da atividade valeu-se da máxima neutralidade possível dos pesquisadores intencionado encontrar resultados mais autênticos, livres de exigências prévias para resolver o questionário. A aplicação do exame deu-se de forma bastante pacata, sem resistência para participar da atividade, tanto por parte dos sujeitos analisados quanto por parte das professoras das salas de aulas. 50% dos alunos em algum momento das questões, principalmente nas de divisão por partição e quotição se utilizaram de bolinhas, tracinhos e dos dedos como suporte para resolver os problemas. Enquanto 20% dos alunos, em algum momento, utilizaram-se dos cálculos mentais apenas para resolver alguma questão, ressaltando que a maioria que utilizou os cálculos mentais o fez em quase todas as questões. Com isso percebemos a diversidade com que alunos, que estão inseridos em um mesmo contexto de ensino e aprendizagem aprendem e melhor resolvem problemas diferentemente, sem que para isso abandonem os cálculos numéricos evidenciando o que recomenda os Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática (1997), no que diz respeito ao apoio às diversas formas de resolver problemas matemáticos no ensino fundamental.