A pesquisa analisa a disposição espacial da fragilidade ambiental emergente dos municípios de Salvaterra e Soure, no Arquipélago do Marajó-PA, que experimentaram de forma passiva as estratégias e programas de integração territorial e de turismo da Amazônia, que expandiu a matriz econômica e a densidade populacional regional. Os desdobramentos dessas políticas são desconformes ao planejamento urbano gerido pela falta de produtos técnicos de observância do avanço antrópico sobre o meio natural, de risco e de diretrizes ao ordenamento territorial. O arranjo natural da paisagem nestes municípios gera áreas de fragilidade potencial não-passíveis de atividades ou de ocupação, mas que foram intervidas pela ação antrópica resultantes da ingerência territorial. A fragilidade ambiental emergente, quando o equilíbrio dinâmico é rompido, foi calculada através da análise multicritério dos solos, da declividade e do uso e cobertura da terra, que apontou áreas de muito forte fragilidade emergente, indicando locais de concomitância da intervenção antrópicas de alta intensidade, como a agropecuária e mancha urbana, em solos de alta degradação e suscetibilidade ao processo de subsidência e relevo suavemente ondulado.