Este trabalho tem como objetivo avaliar a partir da análise morfométrica as bacias do Canal do Mangue e do Canal do Cunha na cidade do Rio de Janeiro/RJ. As duas bacias já foram objeto de pesquisa anteriores, como visto em Silva (2017), Dias e Cunha (2017), e Diniz (2019), contudo, não foram analisadas conjuntamente. Pretende-se abordá-las nessa perspectiva, visto que ambas são afetadas de forma recorrente por inundações, porém, as obras hidráulicas, como bacias de detenção (piscinões), por exemplo, não se encontram bem distribuídas nas áreas das bacias. Na análise morfométrica, a bacia do Canal do Mangue apresenta percentual de área acima de 25o maior do que a do Canal do Cunha (21% e 5,5%, respectivamente), o mesmo se repete para a declividade média (14o e 6.9o, respectivamente) e amplitude altimétrica (942 metros e 719 metros, respectivamente), ainda que que sua área total (44 Km2) seja menor (63 Km2). Os parâmetros da bacia do Canal do Mangue mais elevados podem refletir em sua área ser mais afetada com inundações bruscas, visto que a região mais rebaixada do relevo recebe rapidamente a água volumosa proveniente das chuvas.