As florestas tropicais secas (FTS) estão presentes em 16,4% das regiões semiáridas globais. Essas florestas desempenham um papel crucial na dinâmica ecológica global, possuindo uma biodiversidade significativa e atuando como reservatório de carbono. No entanto, a falta de investimentos em sua conservação tem intensificado o desmatamento, ameaçando essas áreas, como na América do Sul, onde 10% das terras enfrentam desertificação. No Brasil, a Caatinga, um bioma endêmico do semiárido nordestino, sofre com o avanço da desertificação devido às questões climáticas e ações antrópicas. Neste contexto, a avaliação de manchas de Caatinga presentes em núcleos desertificação torna-se essencial para um melhor planejamento ambiental. Este estudo buscou avaliar se as áreas de Caatinga presentes em um mesmo núcleo de desertificação apresentam diferentes níveis de degradação, utilizando marcadores isotópicos. O estudo foi conduzido em duas manchas de Caatinga presentes na Ilha de Assunção, Cabrobó, Pernambuco, Brasil. Os isótopos estáveis 13C e 15N, o C e N total, bem como os radionuclídeos, 228Ra, 226Ra, 228Th e 40K foram determinados em amostras de solo. As análises reportaram que a Área A possui uma distribuição diferenciada dos elementos estudados, indicando maior degradação, enquanto a Área B apresenta um padrão mais uniforme, sugerindo maior resistência ao avanço da desertificação. A variabilidade dos elementos dentro e entre as parcelas refletiu dinâmicas distintas do solo, demonstrando que, mesmo em áreas próximas, os processos de degradação podem variar significativamente. Esses resultados ressaltam a importância de estudos regionais para entender as especificidades ecológicas e direcionar ações de conservação adequadas.