Os rios urbanos desempenham um papel crucial na oferta de serviços ecossistêmicos, especialmente em áreas densamente povoadas. Este estudo avaliou a qualidade da água em cursos d'água de doze parques municipais de Belo Horizonte, classificados em quatro categorias: referência, moderados, reabilitados e degradados. A classificação foi baseada no grau de preservação ambiental e histórico de ocupação do solo. Amostras de água foram coletadas em períodos secos e chuvosos, e analisadas para os parâmetros de Escherichia coli (E.coli), fósforo total e nitrogênio total. Os resultados indicaram que os parques de referência apresentaram as melhores condições de qualidade da água, enquanto os parques degradados exibiram os piores índices. Nos parques reabilitados, observou-se uma tendência de melhoria na qualidade da água, embora ainda apresentem níveis superiores aos parques de referência. A análise de correlação entre o uso e cobertura do solo e os parâmetros de qualidade da água revelou que a vegetação natural está associada à menor poluição, enquanto a presença de asfalto e construções aumenta os níveis de nitrogênio total e E.coli. Estes resultados reforçam a importância de estratégias de conservação, como a preservação da cobertura natural e a gestão cuidadosa das áreas urbanas. Conclui-se que a reabilitação de rios urbanos é uma estratégia eficaz para a melhoria da qualidade ambiental em áreas urbanas, embora seja necessário um monitoramento de longo prazo para avaliar a robustez dos resultados.