A integração de tecnologias modernas com práticas tradicionais é essencial para a gestão territorial indígena, especialmente na Terra Indígena Araribóia, no Maranhão. Este trabalho analisa como os Guardiões da Floresta dessa terra utilizam geotecnologias, como Sistemas de Informação Geográfica (SIG) e Geoprocessamento, combinadas com conhecimentos tradicionais, para gerenciar e monitorar seu território. Os procedimentos metodológicos incluem revisão bibliográfica, análise de materiais relevantes, coleta de dados cartográficos, trabalho de campo e levantamento dos aplicativos usados pelos Guardiões. Historicamente restritas e militarizadas, essas tecnologias tornaram-se hoje mais acessíveis e desempenham um papel crucial na sociedade globalizada. Na Terra Indígena Araribóia, a combinação de práticas tradicionais com tecnologias modernas, como drones, GPS e celulares, tem aprimorado significativamente a proteção das terras contra madeireiros e outros impactos. Essa integração permite uma gestão mais eficiente do território e uma melhor preservação ambiental. Os dados mostram que os povos locais utilizam aplicativos com GPS, além de equipamentos como GPS, drones, câmeras, rádios e SIGs para monitoramento Esses aplicativos facilitam a coleta de fotos, coordenadas e informações sobre plantas, pontos de conflito, locais sagrados e transições de biomas, sendo essenciais para a gestão dos recursos naturais e o zoneamento ambiental. A combinação de tecnologias e práticas tradicionais oferece ferramentas eficazes para a preservação e gestão territorial, contribuindo para a redução de queimadas e conflitos. É fundamental fornecer capacitação e suporte contínuo para aprimorar essa integração, fortalecer a autonomia indígena e garantir acesso a tecnologias que possibilitem a denúncia de crimes ambientais e a preservação cultural local.